Milhares de mulheres foram à
avenida Paulista neste domingo (15/05) para protestar contra o presidente
interino Michel Temer. A manifestação foi convocada nas redes sociais com o
nome "Mulheres contra Temer" e também reuniu representantes do
movimento negro, de grupos LGBT e de movimentos estudantis.
"Vamos paras as ruas, lutar
por representatividade política nesse novo governo misógino, de homens brancos,
ricos e corruptos", diz o evento criado no Facebook, que convocou o
protesto para às 14h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Segundo os organizadores, citados
pela agência de notícias Lusa, 10 mil pessoas participam da manifestação, que
saiu da Avenida Paulista em direção à Praça Roosevelt, no centro da cidade.
"A passeata é pelo amor, não seremos o país do ódio e do machismo", disseram
os organizadores por meio do alto-falante de um carro de som que acompanhava o
protesto.
Os manifestantes seguravam
cartazes com a inscrição "Fora Temer" e gritavam palavras de ordem
como "no meu país eu boto fé, porque ele é governado por mulher",
numa alusão à presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo por até 180 dias
para ser julgada no processo de impeachment.
Temer tem sido criticado por
movimentos feministas pelo fato de nenhuma mulher ter sido escolhida para
assumir um de seus ministérios.
Nem os organizadores imaginaram a dimensão que o ato tomaria,
com pessoas de todas as faixas etárias e movimentos feministas, estudantis e
sindicalistas. Essa é a resposta ao Governo, que tenta rasgar a constituição e
promover um retrocesso as mulheres, as minorias e aos programas sociais.
A insatisfação das redes dos
últimos dias e o repúdio ao golpe em curso no Brasil foi traduzida hoje nas
ruas. E é só o começo...
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