Uma nova lei francesa que
criminaliza a compra do ato sexual desde 13 de abril parece não ter surtido
efeito em Cannes. Moças são pagas por clientes franceses e estrangeiros para
desfilar pelos tapetes vermelhos e festas do festival de cinema.
É o que dizem duas jovens
entrevistadas pelo site "The Hollywood Reporter", que declararam
receber até 550 euros por hora (o equivalente a R$ 2.200 reais) para acompanhar
seus clientes.
"O clima é divertido e eu
tenho bastante trabalho durante essas semanas", conta Katia (nome
fictício), uma jovem de 27 anos que costuma vir de Paris para trabalhar em
Cannes durante o movimentado festival. Pela internet, ela vende seus serviços e
se apresenta como se tivesse 24 anos.
Katia explica que a semana
costuma ser bem mais agitada do que o usual, e que este ano não está diferente.
Só nesta primeira semana do festival ela já passou diversas vezes pelo tapete
vermelho com seus clientes --que incluem grandes produtores americanos-- e
também frequentou festas ao lado dos convidados.
Entre as exigências da prostituta
de luxo, que cobra R$ 2.200 por hora para fazer o papel de namorada, estão
hospedagem em hotéis 4 ou 5 estrelas e nada de festas em iates, que teriam um
"clima mais hostil".
Procurado pelo "The
Hollywood Reporter", o chefe da polícia local diz ser complicado
fiscalizar a atividade em hotéis. "Até mesmo a segurança do hotel não tem
como saber o que está acontecendo dentro dos quartos", justifica.
Ele enfatiza, no entanto, que
Cannes age contra a prostituição nas ruas, inclusive com monitoramento noturno.
"Você não vê prostitutas nas ruas do centro da cidade".
A nova lei francesa determina
que, se pegos em flagra negociando sexo, os clientes devem pagar uma multa que
varia de 1500 euros (cerca de R$ 6.200) a 3.750 euros (cerca de R$ 15.700) para
reincidentes.
A nova regra visa proteger as
prostitutas, dando a elas o status de vítimas. "É difícil fiscalizar com
os serviços sendo negociados pela internet e por telefone", explica o
chefe da polícia.
Uma jovem russa que se apresenta
como Kate confirma a teoria do policial. Ela diz acertar os programas pela
internet. "Os homens me encontram em um site e combinamos tudo pelo
celular", explica ela, que trabalha o ano todo em Cannes.
Fonte:www.cinema.uol.com.br
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