Paternagem, paternidade biológica e social: construtos socioculturais
Fátima Oliveira
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br
Publicado no Jornal OTEMPO
Há pai de todo tipo, tanto biológico quanto social. Dos que não valem um “derréis” aos que valem mais que o bamburro da pepita Canãa (Serra Pelada: 60,8 kg, 1983, a maior do Brasil) ou da maior do mundo, a pepita Holtermann (1872). É que pai que “paterna” é tão valioso que não tem preço, logo não há o que pague.
O significado de um pai que não tem preço está na paternagem que sua prole retém na memória. Pai que não fica como um conforto mental passou pela paternidade como um padecimento… Tais elucubrações filosóficas brotaram ao ler que Genoir Luís Bortoloso, 47, confessou que matou a filha Ketlin Bortoloso, 18, estudante de educação física, em Gaurama (RS), no último dia 11, segundo ele para “resolver a situação” – não pagar pensão e abocanhar um seguro de R$ 200 mil que o beneficiava!