Pesquisa indica que profissionalização fomentada pelo aquecimento do mercado de trabalho vem tirando mulheres das tarefas domésticas.
Desde que começou a trabalhar em uma escola de idiomas, a recepcionista Ana Carolina Naranjo dos Santos, de 20 anos, trocou as refeições que ela própria cozinhava por lanches e salgados.
"Antes eu fazia o almoço e o jantar. Agora, pedimos pizza umas duas vezes por semana. Também parei de fazer a marmita para o meu marido. Agora ele recebe ticket (refeição) e come lá perto do trabalho dele. É mais prático", diz Ana Carolina.
A mudança nos hábitos da secretária e de seu marido é uma tendência que vem se solidificando no Brasil, na esteira do aquecimento do mercado de trabalho, conforme mostra uma pesquisa inédita do Data Popular.
Um dos motores dessa mudança é justamente a maior presença feminina no mercado de trabalho.
"Primeiro, porque a mulher agora trabalha e precisa comer fora. Mas também porque os afazeres profissionais não lhe dão mais tempo de cozinhar para o marido, que passa a pagar por sua refeição fora também", diz Renato Meirelles, sócio-diretor da Data Popular.
Disk-pizza e congelados
Além das lanchonetes e restaurantes, as mulheres impulsionaram também o mercado de "delivery" e de comida semipronta congelada, cuja adoção por parte das classes emergentes surpreendeu a direção da Data Popular.
Fonte: O Estadão
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