Gabriela* é babá de duas crianças
de três anos e ainda não sabe como explicar para elas que os pufes onde elas
sentam para assistir televisão no clube privado mais exclusivo do Rio de
Janeiro não são para que ela se sente. As almofadonas coloridas da sala de
brinquedos não ostentam uma placa de proibição, mas as funcionárias sabem e
contam que as “normas invisíveis” que garantem a ordem no Country Clube de
Ipanema têm uma função fundamental: “manter cada um no seu lugar”.
sábado, 4 de junho de 2016
Uma mulher padre? Talvez. Na Checoslováquia
Quem pensa que o debate sobre as
diaconisas pertença somente à Igreja das origens, se engana. Durante o
Comunismo, para a sobrevivência do catolicismo se usaram métodos não convencionais,
até o ponto de ordenar sacerdotes homens e mulheres.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
A Justiça no Brasil não é divina, é feminina
A incompetência do
delegado que conduzia o caso da menor estuprada no Rio revela por que os crimes
desta natureza ficam impunes. A pressão das mulheres vira o jogo.
#PorTodasElas: 21 fotos incríveis das mulheres dizendo NÃO ao machismo e SIM à liberdade
“Pula, sai do chão, pro machismo
eu digo NÃO!”, “Feminismo é revolução”, "Machistas, golpistas, não
passarão”, “O corpo é da mulher e ela dá para quem quiser”. Estes foram os
gritos de inúmeras vozes na noite desta quarta-feira (1) em São Paulo (SP), Rio
de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Natal (RN) e em tantos
outros estados do País. Milhares de mulheres foram às ruas lutar contra a
cultura do estupro e a favor de seus direitos.
Dia internacional das mulheres que exercem a prostituição
A Pastoral da Mulher de Belo
Horizonte, Unidade Oblata em MG, aproveitou esta data para debater a vulneração
de direitos que sofrem as mulheres que exercem a prostituição, e para realizar
ações de promoção da sua saúde.
Sobre o funk carioca e a cultura do estupro
Fotos de perfil no Facebook com
filtro para protestar contra o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos – Foto:
Reprodução Facebook
Boa parte do funk é, sim,
expressão do horror e da barbárie que nos assola. Mas é possível criticá-lo sem
criminalizar a periferia?
Advogada de MT descreve experiência como acompanhante de luxo em blog
Claudia de Marchi atende pelo
nome de Simone Steffani (Foto: Arquivo pessoal/ Claudia de Marchi)
Após demissão, ex-professora
universitária começou a fazer programas no DF. Ela recebeu o incentivo e
permissão da própria mãe para se tornar cortesã.
quinta-feira, 2 de junho de 2016
No Dia da Prostituta, presidente de associação em Minas chama atenção para a putafobia
“Putafobia” é um termo recente,
que não está no dicionário, mas quer dizer discriminação e violência contra
garotas de programa. A palavra foi usada pela presidente da Associação das
Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, nesta quinta-feira, Dia
Internacional das Prostitutas, quando questionada sobre os principais problemas
enfrentados pelas profissionais do sexo.
Mulheres fazem manifestação em BH contra cultura do estupro
A concentração começou por volta
das 17h30 no quarteirão fechado da Rua Rio de Janeiro, no Centro da capital. As
manifestantes fecharam o trânsito da Avenida Afonso Pena, sentido Mangabeiras
Centenas de mulheres se manifestaram nesta
quarta-feira no Centro de Belo Horizonte contra a cultura do estupro. A
concentração começou por volta das 17h30 e elas seguiram em caminhada, atrás de
um carro de som, até a Praça da Liberdade, no Bairro Lourdes, Região
Centro-Sul. Manifestações ocorreram em todo o Brasil, convocadas em protesto
contra o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro.
Novo encontro de mulheres da Pastoral na luta por direitos
O grupo “Filhas da luta” de
mulheres atendidas pela Pastoral da Mulher de BH (Unidade Oblata em MG) realizou
seu terceiro encontro no Centro Loyola
da nossa cidade.
Anistia Internacional diz que proibir a prostituição prejudica as mulheres
Dois agentes interrogam
prostituta e cliente durante operação policial T. SAMSON AFP
Proibir a prostituição e
penalizar sua demanda e atividades relacionadas – como o aluguel de
estabelecimentos para seu exercício – tornam mais vulneráveis as trabalhadoras sexuais,
segundo relatório publicado nesta quinta-feira pela ONG Anistia Internacional.
O estudo, dividido em quatro documentos relativos a Argentina, Noruega, Hong
Kong e Papua-Nova Guiné, conclui que punir a atividade “reforça a
marginalização, o estigma e a discriminação, podendo negar às pessoas que se
dedicam ao trabalho sexual o acesso à Justiça”.
Mais de 15 mil pessoas vítimas de tráfico de seres humanos: 76% são mulheres
Aumentou o número de crianças aliciadas
pelas redes de tráfico de seres humanos, segundo o relatório da Comissão
Europeia que identifica os desafios nesta matéria. Ao todo, neste relatório de
2013-2014, estão registados 15.846 homens, mulheres, moças e rapazes, vítimas
de tráfico de seres humanos, mas admite-se que, tendo em conta a complexidade
do fenômeno, o número real possa ser muito maior.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Celebração do 2 de Junho na Pastoral de BH
Em parceria com o Projeto de
Extensão 'Práticas educativas na atenção à saúde', da Escola de Enfermagem da
UFMG, a Pastoral da Mulher de Belo Horizonte realiza na próxima quinta, 2 de
junho, evento em alusão ao Dia Internacional das Prostitutas.
Senado aprova pena de até 30 anos para estupro coletivo
Casos recentes de estupro
coletivo no Rio de Janeiro e no Piauí, que ganharam repercussão nacional nos
últimos dias, deram fôlego para as bancadas femininas da Câmara e do Senado
aprovarem projetos de combate à violência contra as mulheres.
"As pessoas não estupram porque estão loucas, estupram porque são machistas"
A cultura do estupro não surge
sozinha. Faz parte de outras. Eu diria que a cultura do estupro é uma
subcultura da cultura machista e patriarcal. É a mulher e seu corpo como se
estivessem à disposição do homem. Nesse sentido, se a mulher está ali e o homem
está com libido sexual, ele vai se servir desse corpo feminino que, na cabeça
dele, está à disposição.
Prostituição é ato lícito e o Superior Tribunal de Justiça reconheceu isso
O Brasil continua no sua eterna
posição de indefinição: a prostituição individual não é crime, mas também não
era considerada, pelo lado civil, um ato lícito; o agenciamento da prostituição
continua a ser crime, mas diversos sites promovem abertamente a atividade (vide
o artigo 228, CP), ganhando muito com isso, e nada é feito; o Ministério do
Trabalho regulamentou a profissão: profissional do sexo, dando-lhe um código
para recolhimento da contribuição previdenciária (também não estaria
favorecendo a prostituição?). Mas, continua-se a viver o impasse: a casa onde
se dá o sexo pago é reduto criminoso. Ora, preferem as pessoas de bem que o
sexo — que não será detido, porque nunca foi como demonstra a História — seja
feito no meio da rua? Em carros, sob viadutos?
Aniversário da fundação da 1ª Casa de Acolhida das Irmãs Oblatas
No dia 1º de Junho, a Família Oblata comemora a abertura da
primeira "Casa de Acolhida", na Espanha (Ciempozuelos)
Hoje celebramos os 152 anos de fundação da primeira casa,
onde padre Serra e Madre Antonia (ainda leiga) acolheram as primeiras mulheres
em situação de prostituição.
terça-feira, 31 de maio de 2016
O que a audiência a Alexandre Frota tem a ver com o estupro coletivo no Rio
Mendonça Filho aceitou
recepcionar um sujeito que se gabou na televisão por ter feito sexo sem
consentimento com uma mãe de santo. Desprezando o eufemismo, estuprando-a.
Narrou a “façanha'' diante de gargalhadas do apresentador Rafinha Bastos,
aplausos da plateia e urros de admiração nas redes. Ao ser violentada, a mulher
desmaiou. Mais tarde, Frota alegou que o relato não passara de ficção, um
número de show. Mas, na TV, esclarecera a natureza do “espetáculo'': “Eu
contando várias histórias que aconteceram na minha vida''
“A prostituição não é uma atividade ilícita sob a ótica penal”, aponta Defensor Público
Segundo o Defensor Público, não
se pode negar proteção jurídica àquelas (e àqueles) que oferecem serviços de
cunho sexual em troca de remuneração, desde que, evidentemente, essa troca de
interesses não envolva incapazes, menores de 18 anos e pessoas de algum modo
vulneráveis e desde que o ato sexual seja decorrente de livre disposição da
vontade dos participantes e não implique violência (não consentida) ou grave
ameaça.
Dados de hospital em BH confirmam subnotificação de casos de estupro
Estatísticas da Maternidade Odete
Valadares, referência na capital mineira para vítimas de agressão sexual, dão
ideia da violência: cerca de 30% não formalizam queixa.
Mutirão de Saúde e Beleza na Pastoral
Gabriel, Adriana, Carolina, Amanda, Gilmara e Isabela, do curso de Enfermagem da UNI-BH
A Pastoral da Mulher de BH,
unidade oblata em MG, em parceria com o Curso de Enfermagem da UNI-BH,
possibilitou que profissionais de varias
especialidades ofereçam serviços diversos às mulheres acompanhadas por nossa
Entidade. Tudo isso dentro da “Semana de luta pela segurança e não
discriminação da mulher na prostituição”.
#PorTodasElas: Jout Jout convoca seguidores para manifestações pelo fim da cultura do estupro
O caso da menina de 16 anos que
sofreu estupro coletivo em uma comunidade Rio de Janeiro, cujo vídeo foi
divulgado na internet, chocou o País. Na internet, diversas
celebridades repercutiram o brutal episódio e se manifestaram contra a cultura
do estupro. Nesta sexta (27), Jout Jout passou a integrar o coro.
Uma menina foi estuprada no Rio. Outra menina foi estuprada no Piauí. Até quando?
Além da jovem de 16 anos que foi
brutalmente estuprada e violentada por cerca de 30 homens no Rio de Janeiro, é
preciso não esquecer do caso da outra jovem, de 17 anos, que foi drogada e
estuprada por cinco homens no município de Bom Jesus, a 635 km ao sul de
Teresina, na sexta-feira da semana passada.
Enquanto você lê este texto, 7 brasileiras são estupradas
Depois que ganhou repercussão
nacional o caso da menina de 16 anos que foi estuprada por 30 animais, no Rio
de Janeiro, veio à tona, de novo, o resultado do levantamento anual feito pelo
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que traz, entre vários outros dados
interessantes sobre a violência no Brasil, a informação de que 47.646 casos de
estupros foram notificados às polícias brasileiras no ano de 2014, que é o dado
mais recente disponível.
segunda-feira, 30 de maio de 2016
Cultura do estupro e como os homens contribuem para perpetuá-la
Mal acabamos de saber de um caso
de estupro envolvendo uma menina e 30 estupradores, a vítima dá uma entrevista,
dizendo não serem 30, mas 33 homens que a estupraram. Mas se isso acontece, que
tipo de culpa, nós - os outros homens alheios a essa realidade - carregamos?
"Ele me perguntou se eu gostava de fazer isso", disse adolescente vítima de estupro
Menor afirma que se sentiu
desrespeitada na delegacia durante depoimento e que está sofrendo ameaças de
morte. Delegado Alessandro Thiers foi afastado do caso.
Milhares de mulheres marcham em Brasília contra a cultura do estupro
Mulheres fazem protesto em frente
ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília (foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Após uma contagem regressiva de
trinta a zero, cerca de 3 mil manifestantes, a maioria mulheres carregando
flores nas mãos, marcharam na manhã deste domingo (29) pela Esplanada dos
Ministérios, em Brasília, para protestar contra a cultura de estupro, pedir
justiça para os casos que envolvam violência contra a mulher e exigir políticas
públicas que garantam a educação de gênero nas escolas brasileiras.
"Parem de me culpar", diz adolescente vítima de estupro
Chamada de 'rata' e 'piranha',
garota estuprada diz ter se sentido um 'lixo'
A adolescente de 16 anos que foi
vítima de um estupro coletivo no Rio de Janeiro apagou seu perfil no Facebook
no fim da tarde deste sábado. Mais cedo, ela voltou a usar a rede social para
refutar acusações de que busca apenas atrair atenção com sua história. Ao longo
do dia, suas postagens mais recentes foram coalhadas de comentários
depreciativos, de homens e mulheres, criticando seu comportamento e acusando-a
de não ter sido estuprada. Alguns chegavam a oferecer links para os vídeos do
crime.
Eu contei Eram 33 homens , afirma vítima no RJ
'Não dói o útero e sim a alma',
diz menina vítima de estupro coletivo.
Vítimas relatam a dor que carregam após sofrer estupro
Em Minas, 11 mulheres, em média,
são violentadas por dia e ao menos dois casos foram praticados coletivamente.
Vinte e nove anos se passaram desde que a dona
de casa de Belo Horizonte L.P.L, de 53 anos, foi violentada por um
desconhecido, mas a ferida ainda não cicatrizou. Muito pelo contrário: fica
exposta quando acompanha o drama de outras mulheres estupradas, como a
adolescente de 16 anos numa comunidade do Rio de Janeiro, atacada por 33
homens.
Sociedade naturaliza a cultura do estupro, diz antropóloga
O estupro coletivo sofrido por
uma adolescente de 16 anos no Rio levantou uma questão: vivemos uma cultura do
estupro? Para responder, o jornal “O Estado de S.Paulo” falou com a professora
de Antropologia da USP Heloisa Buarque de Almeida, que coordenou o programa USP
Diversidade quando vieram a público os casos de estupro na Faculdade de
Medicina. Hoje ela participa da rede Não Cala.
Estupradores têm deformação moral, mas poucos são doentes
Imagem divulgada no Twitter do
estupro coletivo de uma menor no Rio
O estupro de uma adolescente de
16 anos por 33 homens no Rio de Janeiro chamou a atenção para como os crimes
sexuais, cruéis a ponto de deixarem marcas emocionais perenes nas vítimas,
ocorrem com uma frequência assustadora. A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada
no país, revelam dados do 9º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Placa em banheiro do Country Club informa que babás não podem entrar
O aviso é claro. Segundo babás de
filhos de sócios do Country Club, em Ipanema, há uma placa diante do banheiro
feminino do local informando que elas não podem entrar: devem usar o sanitário
reservado para crianças. A norma veio a público na terça-feira, quando o
jornalista Ancelmo Gois, do GLOBO, noticiou em sua coluna que uma babá que dava
banho em duas crianças no banheiro tradicional foi convidada por um funcionário
do clube a se retirar.
domingo, 29 de maio de 2016
Eremitas, as mulheres do deserto
Elas se chamavam Macrina, Paula,
Sabiniana, Teodora, Olímpia, Eugenia, Marcela, Vitalina e muitas outras ainda.
O seu número era considerável: o testemunho de Paládio, autor da História
Nausíaca, do século IV, indica o seu número em até mesmo 3.000. Só no mosteiro
egípcio de Tabennisi, contavam-se nada menos do que 400 coabitantes juntas. São
as Madres do deserto. A versão "rosa" do mais célebre e famoso
movimento monástico iniciado por Antônio (250-356), egípcio, que se estabeleceu
não muito longe do Sinai.
Minha fé no ser supremo -por Frei Betto-
Toda ofensa ao ser humano é uma
ofensa a Deus. Todo preconceito, toda discriminação ou segregação é rejeitar
Deus. Toda injustiça cometida contra o ser humano é uma profanação do templo
vivo de Deus.
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