“Pula, sai do chão, pro machismo
eu digo NÃO!”, “Feminismo é revolução”, "Machistas, golpistas, não
passarão”, “O corpo é da mulher e ela dá para quem quiser”. Estes foram os
gritos de inúmeras vozes na noite desta quarta-feira (1) em São Paulo (SP), Rio
de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Natal (RN) e em tantos
outros estados do País. Milhares de mulheres foram às ruas lutar contra a
cultura do estupro e a favor de seus direitos.
O protesto foi articulado após uma menina de 16
anos ser estuprada coletivamente no Rio de Janeiro na última semana. O crime, e
a forma como foi divulgado pelos próprios estupradores gerou revolta e mais de
800 denúncias chegaram de imediato ao Ministério Público do Rio. A investigação
ainda está em curso e três suspeitos do crime já foram presos.
Assim como no ano passado, na
movimentação que ficou popularmente conhecida como 'primavera feminista' e
lutou contra a PL do Aborto, nesta quarta (1) as mulheres se uniram e gritaram
ferozmente contra todo o tipo de manifestação machista e opressora que se
manifesta em sociedade -- e que se reflete nas ruas, em casa, no trabalho, nas
relações pessoais, etc.
Nenhuma mulher merece ser estuprada
Mulheres são violentadas a cada
onze minutos no Brasil. Esta foi a conclusão do Fórum Brasileiro de Segurança
Pública divulgado em 2015. E não esqueçamos que até o ano de 2009, o estupro
era considerado crime contra a honra. E ainda hoje o estupro é um dos crimes
menos notificados do Brasil.
Cerca de 50 mil casos de estupro
são registrados anualmente no Brasil e estima-se que isso representa apenas 10%
da quantidade dos casos. A pessoa que é violentada, a maioria das vezes, deixa
de denunciar com medo de retaliações, com vergonha de se expor, e até mesmo com
receio de serem culpadas ou tachadas pela violência sofrida.
Fonte: Geledes
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