Na primeira década da teologia e hermenêutica feministas latino-americanas, as teólogas e biblistas centraram seus estudos na análise das mulheres na Bíblia, seja as que foram marginalizadas ou as que foram líderes, as mulheres que ajudaram na libertação e aquelas que passaram desapercebidas nos estudos das personagens da história da salvação.
Entretanto, esta leitura da Bíblia não abordava o problema da invisibilização das mulheres na história, nem tão pouco questionava o sistema patriarcal a partir do qual estes textos tinham sido escritos. Assim, para a década de 1980, se trabalha “todo o texto a partir do ângulo da mulher”. Como disse Elsa Tamez, “se busca feminizar a teologia e o Deus Trino, reivindicando papéis que a sociedade prescreveu para as mulheres e que, ao mesmo tempo, menosprezou”. Na medida em que passa o tempo, os textos patriarcais são confrontados, reinterpretados, reconstruídos.