Eu sou a primeira e a última. Sou a honrada e a menosprezada,
Sou a prostituta e a santa.
Sou a esposa e a virgem
Sou aquela cujas núpcias são
esplendidas, e não tive marido,
Sou a estéril cujos filhos são numerosos.
Sou a estéril cujos filhos são numerosos.
(Poema Gnóstico O trovão, a mente perfeita)
Falar da tradição de Maria Madalena no cristianismo primitivo significa trazer a nossos dias uma compreensão sobre a presença da mulher na igreja, não somente num papel secundário, mas assumindo protagonismo em igualdade com os homens.No inicio do cristianismo ela foi muito relevante para aqueles/as que seguiam Jesus.
Sua liderança era reconhecida, como demonstram os relatos da paixão e ressurreição de Jesus. A figura de Maria Madalena foi submetida, na tradição cristã, a uma violência simbólica que ocultou sua verdadeira identidade.