Um protesto contra o governo do
presidente em exercício, Michel Temer, ocupou a Avenida Paulista no início da
noite desta terça-feira (17). À frente do ato "Fora, Temer" estavam
movimentos feministas e LGBT. Além da negação ao governo interino, manifestantes
ressaltaram a falta de diversidade dos novos protagonistas do Planalto.
"Esse é governo que só conversa com uma elite branca, homofóbica e
carcomida. Uma gente que perdeu o trem da história há uns 20 anos", disse
Maria Letícia Souza, 21 anos, estudante de direito.
O movimento ocupou a avenida no
sentido da rua da Consolação por volta das 18h20. O trajeto só foi definido
minutos antes dos cerca de 3 mil manifestantes saírem do vão Livre do Masp. Um
dos primeiro gritos a ecoar foi "nem recatada, nem do lar, a mulherada
está na rua para lutar". O grupo seguiu em direção à Consolação e se
dirige à sede da Funarte, no centro.
O ex-ministro da Educação e
filósofo, Renato Janine Ribeiro acompanhou o movimento e ressaltou a
importância da sociedade se fazer ouvir. "O Brasil que sempre foi um país
avançado em vários aspectos parece retroceder com esse novo governo. É papel da
sociedade ficar atenta a tudo o que está acontecendo", disse.
Além dos coletivos e movimentos
sociais, muitas participações espontâneas, ou sem vínculo com entidades pode
ser observada. "Eu trabalho na Paulista. Saí mais cedo para apoiar a
meninada e dar meu grito de indignação contra esse governo ilegítimo",
falou a advogada Rosana Fernandes, 41 anos.
De novo, gritos de "não tem
arrego" mostraram a disposição dos grupos de continuarem nas ruas pelo
tempo de duração do governo interino. Muitos mostraram preocupação com a
declaração do ministro da saúde, Ricardo Barros, sobre o SUS e também com o
currículo do ministro da Educação, Mendonça Filho.
"São pessoas que foram
indicadas justamente para minar as conquistas dos últimos anos. Acho que um
período de trevas vai se abater sobre a nossa saúde e educação e cultura",
afirmou Rogério Diógenes, 19 anos, estudante de direito e membro de um coletivo
LGBT.
Fonte: Brasil Post
Nenhum comentário:
Postar um comentário