A Pastoral da Mulher de Belo
Horizonte, Unidade Oblata em MG, aproveitou esta data para debater a vulneração
de direitos que sofrem as mulheres que exercem a prostituição, e para realizar
ações de promoção da sua saúde.
A data é comemorada em alusão ao
dia 2 de junho de 1975, quando 150 prostitutas ocuparam uma igreja em Lyon, na
França, para denunciar violências e perseguições que sofriam por parte das
autoridades locais.
Alice Carolina fez bela apresentação
A Pastoral da Mulher de Belo
Horizonte teve hoje, dia 2 de junho, uma programação especial. O evento iniciou com uma apresentação
musical. Recebemos uma bailarina de dança do ventre que deu um autêntico show.
A performance foi muito bem recebida pelo público, que aplaudiu a dança e a
bela coreografia.
Depois apresentamos a cartilha
“Dicas de seguranças para as profissionais do sexo”. Elas convivem diariamente com o risco de agressões
físicas, psicológicas e sexuais. Uma dura realidade que permanece invisível
para a sociedade brasileira. A cartilha foi elaborada com base em informações
de garotas de programa, atendidas pela Pastoral de BH, que foram vítimas ou presenciaram casos de
violência e traz desde dicas de
segurança, como recusar homens muito alcoolizados ou drogados, até orientações básicas sobre como avaliar atitudes potencialmente
perigosas de clientes. A orientação geral é que a profissional do sexo tenha
sempre o controle da situação: decidir o que aceita fazer ou não e desistir do
programa se pressentir algum problema.
Isabel C. Brandão , psicologa da Pastoral apresentando a cartilha
A continuação foi debatido outro
dos graves problemas que afetam às mulheres que exercem a prostituição: o preconceito e a discriminação. A exibição de dois vídeos
de sensibilização realizados o ano passado pela Pastoral da Mulher, “Batom com preconceito – Comparando as putas
com a gente?”( https://dialogospelaliberdade.com/2016/02/15/dialogos-provoca-reflexao-com-o-video-batom-com-preconceito-comparando-as-putas-com-a-gente/)
e “Garota de Programa – Assédio no bar” (https://dialogospelaliberdade.com/2015/11/05/garota-de-programa-assedio-no-bar/) ajudaram a provocar a discussão. É preciso lidar
com a discriminação, assédio e insegurança. Os estereótipos e desqualificações
têm sido continuamente reforçados pelo imaginário social, pelo machismo, pelos
meios de comunicação de massa, gerando consequências como a vulnerabilidade de
direitos, entre outros.
A diretora do Grupo de teatro MOBS, Janaina Starling
O a Grupo de Teatro Mobs, da
Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (Smaas) da Prefeitura de
Belo Horizonte , apresentou a esquete “O Nome Delas”. O esquete encenou com
poesia e música a busca pelo reconhecimento dos valores e a luta por direitos e
respeito da mulher . “A esquete visa valorizar as mulheres do mundo moderno e
evidenciar as vitórias e as mazelas sofridas durante a construção da história”,
ressalta a coordenadora e atriz do Grupo Mobs, Janaina Starling. Após a
apresentação teatral, houve um breve bate-papo com o público sobre o tema
tratado na peça.
A professora da Escola de Enfermagem da UFMG Eliana Villa
Posteriormente a Professora Eliana Vila, da Escola de Enfermagem, ofereceu orientações sobre cuidados básicos de saúde e higiene e deu começo à Oficina de Saúde com apresentação de manequins do corpo humano, ginecológico e parto, aferição de pressão, autoconhecimento e prevenção do câncer de mama.
A professora Eliana Villa, com os estudantes: Daiane Peres, Thais Abreu,Herbert Junior, Luiz Felipe e Ingrid Rayana
O evento terminou com uma grande
confraternização entre todos e um deliciosos lanche.
Um comentário:
Parabéns a todos os que fazem de ideias brilhantes uma realidade que acrescenta dia aos dias de vida das mulheres!!!
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