quarta-feira, 8 de junho de 2016

Prostitutas pretendem protestar peladas em prol de direitos humanos

Em busca de igualdade de direitos humanos e contra a ausência de políticas públicas, as profissionais do sexo mineiras planejam ocupar sem roupa órgãos públicos do Estado, como a Coordenadoria de Direitos Humanos (CMDH) e a Cidade Administrativa de Minas Gerais. A ação faz parte de uma série de medidas para dar ênfase às reivindicações das garotas de programas, aproveitando o mês do Dia Internacional da Prostituta, celebrado nesta quinta-feira (2).


“Vamos entrar na Cidade Administrativa desnudas porque assim vamos ter uma visibilidade melhor”, é o que diz à Bhaz Cida Vieira, presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig). Segundo ela, entre as principais dificuldades enfrentadas pelas prostitutas está a falta de políticas públicas que protejam essas profissionais. “A gente não quer mais diálogo, queremos a prática”.

Por meio dos protestos, essas profissionais pretendem reivindicar o reconhecimento de que são mulheres comuns e merecem o mesmo amparo dado pelo governo à outras mulheres. “A profissão é reconhecida, não é clandestina. É um trabalho como qualquer outro”. No entanto, Cida conta que quando procuram a secretaria de direitos humanos ou de defesa às mulheres em busca de auxílio contra as violências sofridas, elas não recebem a mesma atenção que outras mulheres. “Não existe estatística de violência, não existe amparo”, conta Cida.

De acordo com a presidente, várias prostitutas têm formação superior. “Hoje em dia as mulheres aqui são formadas e trabalham pra manter a educação. Além de sustentar a família e filhos. Grande parte é casada e leva uma vida comum”. Ela afirma ainda que as profissionais do sexo estão deixando de se esconder da sociedade “As mulheres estão deixando de ser coitadinhas. Estão saindo do armário, se empoderando politicamente e exercendo o seu direito”.

Apesar do protesto audacioso ainda não ter data definido, as ações já começaram. Nesta semana, a associação faz visitas a hotéis e esquinas da capital para incentivar essas mulheres a buscar a igualdade de direitos humanos e lutar contra a ausência de políticas públicas para as profissionais do sexo.

Fonte: http://bhaz.com.br/

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