sábado, 18 de abril de 2015

Campanha de vacinação contra HPV acaba, mas postos de BH ainda oferecem as doses

Todas as meninas de 9 a 13 anos de idade, que ainda não se vacinaram, devem procurar um dos 147 Centros de Saúde da capital.

A campanha de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) na rede escolar terminou no dia 31 de março, mas a vacina que previne o câncer de colo de útero, responsável pela morte de 5 mil mulheres por ano no Brasil, está disponível nas unidades da Rede SUS-BH. Todas as meninas de 9 a 13 anos de idade, que ainda não se vacinaram, devem procurar um dos 147 Centros de Saúde da capital, para se proteger da doença que figura como a segunda causa de morte entre mulheres no país.

A gerente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Maria Tereza Oliveira, explica que a vacina contra o HPV agora faz parte da rotina de vacinação da rede pública.

A vacina é quadrivalente e protege contra os HPV dos tipos 6, 11, 16 e 18. Para as adolescentes serem imunizadas são necessárias três doses. O ideal é que a menina procure o centro de saúde mais próximo de sua casa, acompanhada por um responsável. É necessário levar o cartão de vacinação e um documento de identificação.

Balanço parcial da campanha de vacinação contra o HPV, realizada de 3 a 31 de março, aponta que foram vacinadas quase 31 mil adolescentes em Belo Horizonte. A expectativa é de que 48 mil meninas nessa faixa etária sejam vacinadas na capital, ainda neste ano. O Ministério da Saúde determina como meta a vacinação de 80% do público alvo.

A segunda dose da vacina será administrada seis meses após a primeira, nos centros de saúde da capital. Quem tomou a primeira dose este ano, deve receber a segunda em setembro. A terceira dose será administrada cinco anos após a primeira dose, também nos centros de saúde. As meninas de 11 a 13 anos que deixaram de receber a vacina no ano passado também podem procurar os centros de saúde para se imunizar.

A vacina contra o HPV tem eficácia comprovada para proteger meninas que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui o exame preventivo nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo Papanicolau anualmente.

A transmissão do vírus do HPV se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto. Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos, do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas íntimas.

Fonte: Estado de Minas

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