Todas as meninas de 9 a 13 anos
de idade, que ainda não se vacinaram, devem procurar um dos 147 Centros de
Saúde da capital.
A campanha de vacinação contra o
Papiloma Vírus Humano (HPV) na rede escolar terminou no dia 31 de março, mas a
vacina que previne o câncer de colo de útero, responsável pela morte de 5 mil
mulheres por ano no Brasil, está disponível nas unidades da Rede SUS-BH. Todas
as meninas de 9 a 13 anos de idade, que ainda não se vacinaram, devem procurar
um dos 147 Centros de Saúde da capital, para se proteger da doença que figura
como a segunda causa de morte entre mulheres no país.
A gerente de Vigilância em Saúde
da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), Maria Tereza Oliveira, explica que a
vacina contra o HPV agora faz parte da rotina de vacinação da rede pública.
A vacina é quadrivalente e
protege contra os HPV dos tipos 6, 11, 16 e 18. Para as adolescentes serem
imunizadas são necessárias três doses. O ideal é que a menina procure o centro
de saúde mais próximo de sua casa, acompanhada por um responsável. É necessário
levar o cartão de vacinação e um documento de identificação.
Balanço parcial da campanha de
vacinação contra o HPV, realizada de 3 a 31 de março, aponta que foram
vacinadas quase 31 mil adolescentes em Belo Horizonte. A expectativa é de que
48 mil meninas nessa faixa etária sejam vacinadas na capital, ainda neste ano.
O Ministério da Saúde determina como meta a vacinação de 80% do público alvo.
A segunda dose da vacina será
administrada seis meses após a primeira, nos centros de saúde da capital. Quem
tomou a primeira dose este ano, deve receber a segunda em setembro. A terceira
dose será administrada cinco anos após a primeira dose, também nos centros de
saúde. As meninas de 11 a 13 anos que deixaram de receber a vacina no ano
passado também podem procurar os centros de saúde para se imunizar.
A vacina contra o HPV tem
eficácia comprovada para proteger meninas que ainda não iniciaram a vida sexual
e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como
estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de
imunização.Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados
que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero.
No entanto, ela não substitui o exame preventivo nem o uso do preservativo nas
relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária
dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo Papanicolau anualmente.
A transmissão do vírus do HPV se
dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pela
via sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo
manual-genital. Assim sendo, o contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na
ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o
parto. Não está comprovada a possibilidade de contaminação por meio de objetos,
do uso de vaso sanitário e piscina ou pelo compartilhamento de toalhas e roupas
íntimas.
Fonte: Estado de Minas
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