As autoridades municipais de Roma
aprovaram um plano para estabelecer uma zona da capital italiana, onde a
prostituição será oficialmente tolerada a partir de abril, disseram fontes da
prefeitura neste sábado (7).
O prefeito da cidade, Ignazio
Marino, de centro-esquerda, deu sinal verde na sexta-feira (6) à noite para
realizar o experimento no bairro financeiro de Eur, ao sul do centro histórico
da capital.
A polícia será instruída a aplicar
multas de até 500 euros a prostitutas que exercerem o ofício fora da área
autorizada. A região será mantida sob vigilância para evitar abusos ou
exploração de mulheres. Se o projeto for bem-sucedido, a Câmara Municipal
poderá estabelecer até três "zonas vermelhas" similares e separadas
na capital.
A iniciativa provocou sérias
objeções e críticas por parte da oposição de centro-direita na Câmara, de
representantes da Igreja Católica e até de alguns membros do Partido Democrata
(PD) do prefeito Marino.
O diretor da organização católica
Caritas, Enrico Feroci, classificou a iniciativa de moralmente equivocada.
"A prostituição sempre implica exploração humana. Tentar regularizá-la ou
tolerá-la será, portanto, sempre um erro", afirmou.
Existem hoje entre 70 mil e 100
mil prostitutas na Itália, segundo estimativas oficiais e de institutos de
pesquisa. Metade é estrangeira e dois terços trabalham nas ruas. A lei não
proíbe o comércio de sexo, mas manter e administrar um prostíbulo é ilegal.
Fonte: O Globo
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