Mulheres e crianças deslocadas pelo conflito na República
Centro-Africana. Foto: OCHA
Aumento das crises humanitárias,
do número de deslocados e a duração do desterro, bem como o horror usado
principalmente contra mulheres e meninas é um fator alarmante, afirmou a
vice-secretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Kyung-Wha Kang.
Com o aumento dos conflitos no
mundo, a proteção dos civis tem se transformado em uma tarefa onerosa para o
Sistema das Nações Unidas e a brutalização das mulheres uma tendência
persistente, disse a vice-secretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários,
Kyung-Wha Kang aos membros do Conselho de Segurança em um debate aberto, nesta
sexta-feira (30), para discutir a vulnerabilidade de mulheres e meninas em conflitos.
Listando o número de países
afetados por crises e lembrando que a ajuda humanitária saltou de 52 milhões no
início de 2014 para 76 milhões ao final do ano,
a representante reforçou o pedido ao Conselho de incluir a proteção dos
civis no topo de sua agenda. Junto com representantes de outras organizações
internacionais, Kang enfatizou que além do aumento perceptível de novos
deslocados, a duração desse desterro também é preocupante. Calcula-se que o
tempo médio de deslocamento provocado por conflitos é de hoje 17 anos.
Para mitigar os efeitos na vida
dos civis implicados, principalmente nas mulheres e meninas, mais medidas são
necessárias para evitar que elas se transformem em vítimas da violência sexual.
“As crises exacerbam as
desigualdade de gênero. Enquanto comunidades inteiras sofrem com o impacto do
conflito armado, mulheres e crianças são as primeiras a perder o direito à
educação, a participação política e aos meios de vida, entre outros direitos
que são abertamente violados”, disse.
Kang também pediu a ação do
Conselho de Segurança e da comunidade internacional para lidar com a impunidade
que continua alimentado vários conflitos, bem como o fluxo de armas. “Não há
nada que encoraje mais os que violam as leis do que saber que não serão levados
à justiça por seus crimes”, declarou.
Fonte: ONU
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