Jovens têm mais parceiros e se
protegem menos. Pesquisa foi realizada pelo Ministério da Saúde.
Na faixa de 15 anos a 24 anos, o
número de casos de Aids aumentou 40% de 2006 até agora em todo país. A pesquisa
é do Ministério da Saúde, que faz campanha para o uso da camisinha e para o
exame que detecta a doença. Nas redes sociais, o lema é: “Partiu, teste”.
O relacionamento já durava dois
anos. O jovem confiou no namorado e acabou pegando Aids. “Ele me passava
segurança, então assim, devido a essa confiança que a gente construiu no
relacionamento, eu passei a ter relações sexuais com ele sem camisinha. Eu me arrependo
amargamente. Se eu pudesse voltar no tempo, eu jamais iria fazer isso”, conta o
jovem.
Uma pesquisa do Ministério da
Saúde com 12 mil pessoas revelou que 94% dos brasileiros sabem que a camisinha
é a melhor forma de prevenir doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.
Mas quase metade dos entrevistados (45%) não usou preservativo nas relações
sexuais casuais nos últimos 12 meses.
O grupo que mais preocupa é o de
jovens entre 15 e 24 anos. Enquanto a Aids no Brasil tem uma leve tendência de queda,
nessa faixa etária o número de casos está aumentando. Em sete anos, o
crescimento foi de 40%. Os jovens têm mais parceiros, se protegem menos e não
têm noção do perigo da doença.
O diretor de um hospital, que é
referência no tratamento de Aids, Fernando Ferry, diz que os jovens
homossexuais se preocupam ainda mais.
“São meninos de 13 até 18 anos de
idade, que estão começando a sua vida sexual e que não fazem uso do
preservativo porque eles não se protegem. Eles têm a falsa sensação de que o
HIV é controlado, eles não sabem da doença”, fala Fernando Ferry, coordenador
do programa de pós-graduação em HIV da UniRio.
A campanha contra a Aids no
Carnaval já está nas ruas. Os objetivos são lembrar a importância da camisinha
e estimular o hábito de fazer o exame. A estimativa é de que 300 mil pessoas
tenham a doença sem saber.
“Não adianta ter feito uma vez,
deu negativo e está tudo bem. Assimilar como um hábito de vida freqüentemente
fazer a testagem sorológica e se der positivo já tratar ainda que só tenha a
infecção e não tenha a doença. Essa é uma mudança substantiva, porque antes se
esperava a manifestação clínica da Aids para iniciar o tratamento”, fala Arthur
Chioro, ministro da Saúde.
A Aids mata 12 mil brasileiros
por ano. “O que eu posso passar para as pessoas é que por mais que você goste,
que você ame, que você confie, que você tenha um projeto de vida com aquela
pessoa, use camisinha. Porque de repente
o seu projeto de vida é um e a vida acaba te surpreendendo com outro projeto
muito indesejado”.
O teste de Aids é feito de graça
em mais de 500 Centros de Testagem e Acompanhamento, os CTAs. O governo está
fazendo parecerias com prefeituras para que o teste rápido seja feito em todas
as Unidades Básicas de Saúde.
Fonte: Jornal Hoje
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