Campanha de vacinação contra a
doença sexualmente transmissível começa nesta terça-feira e a meta é que cerca
de 480 mil meninas nessa faixa etária sejam vacinadas.
A campanha de vacinação contra o
Papiloma Vírus Humana (HPV), uma doença sexualmente transmissível, irá abranger
uma parcela maior do público alvo neste ano. Na nova etapa, que começa já nesta
terça-feira (3), serão vacinadas também meninas de 9 a 11 anos. Mulheres de 14
a 26 anos que são portadoras de HIV/ Aids também receberão as vacinas por meio
do SUS. De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES), a meta é que
80% deste público seja imunizado, o que corresponde, em Minas, a 478.679
meninas nessa faixa etária e 1.815 mulheres que convivem com o HIV/Aids.
As meninas de 11 a 14 anos que
ainda não receberam a primeira dose da vacina também serão vacinadas nessa
etapa. Para as garotas que só receberam a primeira dose, a recomendação é que
retornem à unidade de saúde para receber a segunda dose e dar continuidade ao
esquema vacinal.
“Devemos chamar atenção em Minas
Gerais para as meninas que não receberam a segunda dose da vacina, lembrar que
só com a primeira dose ela não fica protegida. Neste momento, o Ministério da
Saúde está oferecendo a oportunidade para estas meninas de até 14 anos que
receberam a primeira dose, tomar a segunda, e as meninas até 13 anos 11 meses e
29 dias que ainda não receberam a primeira dose, iniciar seu esquema de vacina
HPV”, alerta a coordenadora de imunização da Secretaria de Estado de Saúde,
Tânia Brant.
Na primeira etapa da campanha,
iniciada em março de 2014, foram vacinadas 497.440 meninas de 11 a 14 anos no
Estado, superando a meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A
vacinação aconteceu nas escolas e unidades básicas de saúde, no entanto, para a
segunda dose, apenas 326.452 meninas mineiras, ou seja, 67%, retornaram às
unidades de saúde.
A SES alerta sobre a importância
de se tomar todas as doses da vacina para se manter imune a doença. O esquema
vacinal contra o HPV é composto por três doses, sendo que segunda deve ser tomada seis meses após a
primeira e a terceira, cinco anos após a primeira. A introdução da vacina HPV
quadrivalente, que confere proteção contra HPV de baixo e de alto risco, no SUS
tem o objetivo de reduzir os índices de câncer de colo uterino, já que a doença
tem relação direta com a infecção causada pelo vírus HPV. “O câncer é a
terceira causa de morte entre as mulheres. Quando a menina é vacinada com as
duas doses ela fica protegida para os HPV 16 e 18 que são responsáveis por 70%
dos casos de câncer de colo do útero e 90% para verrugas nos genitais com o HPV
6 e 11”, esclarece ainda, Tânia Brant.
A vacina contra o HPV só não é
recomendada para mulheres que tenham hipersensibilidade ao princípio ativo ou a
qualquer um dos componentes da vacina, ou que apresentaram reações graves na
primeira dose. Mulheres grávidas também não podem tomar a vacina, mas não há
nenhuma contraindicação para as mulheres que estão amamentando.
Reações
A reação esperada após a
vacinação é dor local. Em 2014 foram notificados algumas reações em
adolescentes como dor de cabeça, tonturas, desmaios, falta de ar, fraquezas nas
pernas sem que nenhuma alteração clínica ou laboratorial fosse identificada.
Estes eventos estão relacionados à reação de ansiedade pós-vacinação,
desencadeados por estímulos como medo de injeção, locais quentes ou superlotados,
permanência de pé por longo tempo e fadiga e não tem nenhuma relação direta com
os componentes da vacina contra o HPV, segundo a SES.
Serviço
Meninas de 9 a 11 anos, e
mulheres entre 14 e 26 anos portadoras de HIV/Aids podem se dirigir a qualquer
posto de saúde do Estado e solicitar pela vacina a partir desta terça (30). A
vacinação não tem prazo para acabar, mas espera-se que cerca de 450 mil meninas
e 1.800 mulheres sejam vacinadas nesta nova etapa da campanha.
Fonte: O Tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário