O edital para formação de novas
lideranças jovens na área de HIV e AIDS recebeu inscrições de todas as cinco
regiões do Brasil e de todas as populações-chave para o combate à epidemia.
Entre os inscritos estão profissionais do sexo, travestis e transexuais, gays e
pessoas que usam drogas. Houve também inscrições de jovens profissionais de
saúde, redutores de danos, ativistas da população negra e de religiões afro.
O Curso de Formação de Novas Lideranças das Populações-chave
Visando o Controle Social do Sistema Único de Saúde no âmbito do HIV/AIDS
recebeu 1.019 inscrições até a data limite do edital (8/3), superando as expectativas
dos organizadores.
Por causa do grande número de currículos em avaliação,
o anúncio do resultado foi adiado para o próximo dia 20 de março. O processo
seletivo está sendo feito pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, da
Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, em parceria com o
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
O objetivo, neste momento, é
selecionar até 50 jovens entre 18 e 26 anos para acompanhar e participar da
construção das políticas públicas de saúde com enfoque em HIV e AIDS. O curso,
com 36 horas-aula, será realizado em Brasília, entre os dias 07 e 11 de maio
deste ano.
A seleção contemplará as
populações-chave em contexto de maior vulnerabilidade ao HIV e outras IST
(infecções sexualmente transmissíveis), que são prioritárias para as políticas
de prevenção, diagnóstico e tratamento.
“Temos que buscar novas formas de
dialogar com o público jovem e esse curso faz parte dessa visão, assim como a
recente Campanha de Prevenção às DST e AIDS do Carnaval 2015 que investiu em
aplicativos de relacionamento. É exatamente entre o público jovem, em especial
na população gay, que os índices de infecção vêm crescendo e precisamos
encontrar maneiras de definir, acompanhar e fiscalizar a execução das políticas
de saúde pelos próprios integrantes das populações chave”, avalia o diretor do
Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.
“O número de inscrições recebidas
demonstra a importância de investimentos como este em estratégias para
desenvolvimento de jovens lideranças”, diz Georgiana Braga-Orillard, Diretora
do UNAIDS no Brasil. “A participação dos jovens é fundamental para o alcance
das metas 90-90-90 do UNAIDS – adotadas recentemente pelos paísess do BRICS –,
o que vai certamente contribuir para o fim da epidemia até 2030.
O resultado será divulgado no
endereço: http://bit.ly/FormularioCurso
Fonte: UNAIDS
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