Os defensores de uma idade mínima
de aposentadoria para mulheres menor que a de homens argumentam que elas
trabalham mais – somando as tarefas domésticas – e recebem menos ao longo da
vida profissional.
Por outro lado, a expectativa de
vida delas é superior à dos homens (78,8 e 71,6, respectivamente). Logo, elas
receberiam o benefício por mais tempo do que seus parceiros.
Pesquisa do IBGE mostra que,
entre 2000 e 2010, a participação da mulher no mercado de trabalho e os
salários pagos a elas cresceram, mas continuaram inferiores aos dos homens.
O rendimento médio real da
população feminina passou de R$ 959 em 2000 para R$ 1.074 em 2010, enquanto o
dos homens foi de R$ 1.471 para R$ 1.587, segundo o estudo Estatísticas de
Gênero.
Já a taxa de atividade –proporção
de pessoas empregadas ou procurando colocação– das mulheres subiu de 50,1% para
54,6% no período, enquanto a dos homens caiu de 79,7% para 75,7%.
Ao mesmo tempo, a jornada total
de trabalho delas –incluindo as atividades domésticas– soma 56,4 horas
semanais, quase cinco horas superior à masculina, de acordo com dados do IBGE.
Uma das propostas discutidas pelo
governo do presidente interino, Michel Temer, com as centrais foi a a redução
na diferença para aposentadoria entre homens e mulheres.
Em artigo para a Folha 2014, o
atual secretário da Previdência, Marcelo Abi-Ramia Caetano, disse reconhecer os
argumentos a favor de regras diferentes, mas discordar que o problema deva ser
resolvido na aposentadoria.
Fonte: A reportagem é de Fernanda Perrin, publicada por Folha de S. Paulo
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