Islamistas usam o Telegram
Messenger para publicar anúncios sobre a venda de escravos, assim como de armas
e equipamento militar, informa o New York Post. O anúncio diz: uma menina para
venda é "virgem. bonita. 12 anos - US$ 12.500 [R$ 41.000], será vendida em
breve".
Segundo o jornal, enquanto o
Estado Islâmico perde os territórios em seu poder, os terroristas tratam cerca
de 3 mil mulheres e meninas com mão de ferro e as mantêm como escravas sexuais.
Numa fusão de práticas bárbaras antigas e tecnologias modernas, o grupo vende
as mulheres como bens móveis em redes sociais e cria bases de dados que contêm
as suas fotografias e os nomes de seus "donos" para impedir a fuga.
Milhares de mulheres e crianças yazidis foram presas em agosto de 2014, quando
os combatentes do Estado Islâmico invadiram suas aldeias no Norte do Iraque com
o objetivo de eliminar a minoria curda.
Uma menina yazidi de 18 anos,
Jesidin Lamiya Adschi Baschar, foi espancada e estuprada muitas vezes em seu
cativeiro. Ela tentou escapar quatro vezes e só a quinta foi bem sucedida.
Lamya fugiu junto com o irmão de 8 anos e a irmã de 20, mas os dois morreram na
explosão de uma mina. A jovem ficou gravemente ferida e perdeu um olho, mas
sobreviveu. Sua família pagou a contrabandistas US$ 800 para organizar a fuga.
No final, ela voltou ao Norte do Iraque, que é controlado pelos curdos, e
reencontrou os familiares.
Lamiya afirma que não se
arrepende de seus atos desesperados. "Mesmo se eu tivesse perdido ambos os
olhos, teria valido a pena".
Antes, os yazidis podiam resgatar
os parentes da escravidão por cerca de US$ 15 mil e o governo curdo compensava
o resgate. Agora, os recursos financeiros estão esgotados.
Em breve, as Nações Unidas
esperam reconhecer o genocídio dos yazidis na Síria pelo Estado Islâmico.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário