Pablo Russel Rocha foi condenado
a 24 anos de prisão por morte de garota de programa (Foto: Reprodução/EPTV)
Dezoito anos até ser julgado, dez
horas para ser condenado e uma semana para conseguir habeas corpus e recorrer
em liberdade. Condenado por arrastar e matar uma garota de programa em 1998 nas
ruas de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo), o empresário Pablo Russel Rocha
obteve nesta quarta-feira (6) um habeas corpus e vai aguardar a análise do
recurso fora da prisão.
Pablo foi condenado na noite do
último dia 29 a 24 anos de prisão por ter arrastado por dois quilômetros e
matado a garota de programa Selma Heloisa Artigas da Silva, a Nicole.
Selma Heloísa Artigas da Silva, conhecida como Nicole, foi arrastada
até a morte (Foto: Reprodução/EPTV)
Ele foi condenado por homicídio
triplamente qualificado -motivo fútil, uso de recurso que impossibilitasse a
defesa da vítima e meio cruel.
Após a condenação, sua defesa
recorreu ao TJ (Tribunal de Justiça) pedindo que ele pudesse recorrer em
liberdade. Nesta quarta, o relator Péricles Piza concedeu liminar que permite a
saída do empresário da prisão.
Seus advogados, Zulaiê Cobra
Ribeiro, Sergei Cobra Arbex e Fernando Hideo Iochida Lacerda, alegaram que
poderia recorrer em liberdade por já estar nessa situação nos últimos anos e
não oferecer risco.
"Daí por que, ressalvada a
reapreciação da matéria pela Egrégia Turma julgadora, concedo a liminar
pleiteada para deferir a paciente o direito de apelar em liberdade, com
expedição em seu favor de salvo conduto ou alvará de soltura", diz trecho
da decisão do magistrado.
Pablo estava preso em Tremembé
desde a última segunda-feira (4). Antes, ficou detido em Santa Rosa de Viterbo,
cidade da região de Ribeirão Preto.
O CRIME
Nicole, grávida de três meses,
morreu na madrugada de 11 de setembro de 1998.
Após ter sido arrastado por dois
quilômetros, o seu corpo, esfacelado, foi abandonado na avenida Caramuru e o
empresário foi para casa. Seu carro foi lavado para tentar eliminar vestígios
de sangue.
O processo foi marcado por
batalhas jurídicas. Pouco mais de um ano após a prisão, um parecer apresentado
pelo legista George Sanguinetti, que atuou no caso PC Farias, contrariou a tese
inicial de que Pablo amarrou Nicole e a arrastou até a morte.
Um laudo do IC (Instituto de
Criminalística) havia descartado que tenha ocorrido um acidente e informou que
a garota tinha sido presa pelo braço esquerdo. Parecer do IML de São Paulo
indicou que ela foi amarrada por um nó duplo.
Esse não foi o único imbróglio judicial.
Em 2012, por duas vezes o júri popular foi adiado, até ser realizado na última
semana.
A defesa de Pablo sempre alegou
que o que houve foi um acidente.
Fonte: http://www.jornaldepiracicaba.com.br/
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