A proposta de reformar e fechar
algumas vitrines do célebre "distrito da luz vermelha" da prefeitura
de Amsterdã provocou a revolta de prostitutas e simpatizantes, que saíram às
ruas nesta quinta-feira em repúdio à intenção da administração municipal.
Centenas de prostitutas e
simpatizantes manifestaram nesta quinta-feira (9), em Amsterdã, contra o
projeto da prefeitura local para renovar o “bairro da luz vermelha”, uma das
principais atrações turísticas da capital holandesa. O “Red Light District” é conhecido
por ser uma zona de meretrício, onde mulheres se exibem em vitrines, além de
cabarés e lojas de artigos eróticos.
Segundo uma porta-voz da polícia,
cerca de 250 pessoas participaram do ato. As prostitutas usavam máscaras para
evitar serem reconhecidas e empunhavam cartazes com frases como “Salvem nossas
vitrines” ou “chega de fechar nossas vitrines”, de acordo com imagens
transmitidas pela TV pública holandesa NOS.
De acordo com a mídia holandesa,
a cidade de Amsterdã pretende fechar uma parte dos bordeis do bairro, a fim de
lutar contra a criminalidade e o tráfico de seres humanos. Cerca de 115 de um
total de 500 vitrines do bairro já foram fechadas.
Local de trabalho seguro
Para as prostitutas, o plano da
prefeitura retira da profissão um local de trabalho seguro. “O sexo é uma
profissão legal na Holanda e precisamos de apoio, queremos ser levadas a sério
pelos políticos”, declarou uma porta-voz do movimento, que pediu anonimato à
agência de notícias ANP. “Estamos sendo tratadas como párias e nos expulsam do
centro da cidade”, ela acrescentou.
Cerca de sete mil pessoas
trabalham no setor do sexo pago em Amsterdã. Cerca de 75% delas são de países
pobres, principalmente do leste europeu, de acordo com a prefeitura. A
prostituição foi legalizada em 2000 na Holanda.
Fonte:
http://www.portugues.rfi.fr/
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