Advogada afirma que fazia xixi
quando ouviu um clique e vozes de homens vindas da janela. Os suspeitos
estariam em uma área exclusiva para funcionários do estabelecimento.
O tradicional restaurante Bolão
Rei do Espaguete no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, está
envolto de uma polêmica. Uma cliente alega que foi fotografada através de uma
janela do banheiro do estabelecimento enquanto fazia xixi. Ela ouviu o barulho
de um celular, mas não conseguiu identificar a pessoa que teria feito o ato. A
abertura na parede dava acesso a uma área da cozinha que é restrita a
funcionários. Um boletim de ocorrência foi feito pela mulher. O gerente do
estabelecimento diz que o caso ainda está sendo apurado e que medidas já estão
sendo tomadas para evitar que novos casos aconteçam.
O caso veio à tona depois que a
advogada Cíntia Melo, de 26 anos, postou um depoimento nas redes sociais. O
relato teve mais de 170 compartilhamentos. A jovem diz que chegou ao local por
volta das 22h30 de terça-feira. Quando foi ao banheiro três horas depois, foi
surpreendida. “Estava fazendo xixi, quando ouvi o barulho de um celular tirando
fotos. Olhei para o alto, onde fica a janela, e vi um vulto. Em seguida, ouvi
duas pessoas conversando. Uma delas perguntando se tinha tirado a foto”,
explica.
Assustada, a jovem saiu
rapidamente do banheiro. “Vesti a roupa muito rápido e fui contar para um
amigo. Fomos até a janela do banheiro, que é bem alta, e o basculante estava
aberto. Pela arquitetura, vimos que dava para uma área restrita a
funcionários”, contou. Os dois foram até a cozinha e foram barrados pelo
gerente. “Ele perguntou aonde estávamos indo. Explicamos a situação, e,
primeiramente, disse que não tinha como o caso ter acontecido, pois no local
não entrava com celular. Depois, nos levou até a janela. Nesta parte, ela deve
ter, mais ou menos, 1,60 metro de altura. Então, dava para alguém tirar a foto”,
afirmou.
Antes de deixar o
estabelecimento, a advogada conta que se surpreendeu com o gerente. Segundo
ela, o homem falou “que pode ser que tenha acontecido mesmo, você sabe como
funcionário é” e comentou que perguntaria aos funcionários na manhã seguinte.
A jovem foi até um batalhão da
Polícia Militar (PM) localizado na Praça Floriano Peixoto e fez um boletim de
ocorrência. Agora, tentar buscar alguma medida contra o restaurante. “Fiquei
muito abalada com a história e até tomei calmante por causa disso. Vou ligar
para um amigo advogado e ver quais medidas que poderemos tomar”, comentou.
O gerente do restaurante que
estava na noite de terça-feira no local no momentos dos fatos, está de folga
nesta quarta-feira e não foi encontrado para falar sobre o assunto. O
funcionário Luiz Cláudio, que está na supervisão do estabelecimento, informou
que o caso ainda é apurado. “Não teve nada provado ainda. É uma versão dela.
Pela altura da janela, não tem como enfiar a cabeça, mas tem como colocar a mão
e tirar a foto, mas, mesmo assim, nada está comprovado”, admitiu.
Antes mesmo dos fatos serem
comprovados, medidas já estão sendo tomadas em relação a janela. “Temos mais de
50 anos de história e nada igual a isso aconteceu. Não tem nada provado, mas
serve de alerta. Por isso, vamos deixar a janela com uma abertura mínima e
colocar grades”, disse.
Fonte: Estado de Minas
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