quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Lute, treine, jogue, dedique-se, persista… Como uma mulher!

Empoderadas e solidárias
A expressão “lutar como uma garota” nunca mais será usada em tom pejorativo, depois que Rafaela Silva conquistou o primeiro ouro brasileiro nas Olimpíadas – e o segundo da história do judô feminino. Derrotando Jandi Kim, a sul-coreana número dois do mundo, e Hedvig Karakas, a húngara que eliminou Rafaela nos Jogos de Londres, Rafaela saiu da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, para se tornar enfim campeã olímpica.

por Vitor Paiva

Portanto, nem de longe é somente no futebol que as mulheres tem se destacado nessa olimpíada brasileira. No handebol, no vôlei tanto de praia quanto de quadra, na ginástica e no judô, as mulheres têm provado que, quando se joga “como uma menina” o que se vê é luta, garra e força de fazer brilhar os olhos da torcida – além, é claro, de uma porção de vitórias. A lista abaixo mostra alguns exemplos dessas mulheres olímpicas que estão se destacando nos Jogos do Rio. Imaginem se os esportes femininos tivessem o mesmo destaque e investimento que os masculinos?


O contraste entre o desempenho do futebol feminino e masculino até aqui nas Olimpíadas do Rio vai muito além de simplesmente comparar os resultados. O espírito das mulheres, dando tudo de si, atacando sempre com garra e inteligência, fez a diferença: 3 a 0 na China e 5 a 1 na Suécia. Cristiane se tornou a maior artilheira das Olimpíadas, com 14 gols marcados, e Marta, sempre ela, marcou dois contra a Suécia e comandou o time. Como bem ilustraram comentários na internet, não, elas não jogam como homens – se os homens jogassem como elas, nunca teríamos tomado de 7 a 1.


O handebol feminino estreou vencendo ninguém menos que a Noruega, atual campeã olímpica, por 31 a 28. Depois das olimpíadas de Londres, porém, o Handebol brasileiro conquistou o mundial de 2013 e, com isso, as meninas do Brasil estão entre as favoritas para o ouro. A Noruega foi justamente quem eliminou o Brasil nos Jogos de Londres. Em seu segundo jogo, o Brasil despachou outra seleção relevante: por 26 a 13 o Brasil venceu a Romênia no Handebol feminino.


No Vôlei a força feminina do Brasil já é conhecida, e as meninas vêm confirmado essa potência. Na quadra, a Seleção Feminina arrasou Camarões por 3 sets a 0. 



Já na praia, as duas duplas não decepcionaram: Ágatha e Bárbara Seixas venceram suas duas partidas até aqui, contra as duplas Argentina e Tcheca, enquanto Larissa França e Talita Rocha venceram com facilidade a dupla russa em sua estreia.





E na ginástica as iniciantes foram que conduziram o brilho da equipe feminina brasileira: Flavia Saraiva e Rebeca Andrade levaram o Brasil para as finais por equipes e individuais; Flávia ficou em terceiro lugar nas traves e foi também pra final individual geral, e Rebeca ficou em quarta colocada individual geral e também foi pra final.



A questão obviamente não é comparar diretamente o resultado feminino com o masculino, afinal, são todos brasileiros e motivos de orgulho. A questão é reparar não só o machismo com que as atletas são vistas, ao serem comparadas com homens quando se destacam, e perceber a garra e força de vontade que movem as mulheres, apesar do incentivo financeiro e do destaque midiático bastante inferior em modalidades femininas. Em termos de espírito, amor à camisa e dedicação, jogar como uma garota é tudo que podemos esperar dos atletas brasileiros.




Fonte: Hypeness

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