Circulou na internet nesta
quarta-feira (10) imagens de duas pessoas que teriam sido assassinadas em um
hotel da rua Guaicurus, no Centro de Belo Horizonte. A informação de um duplo
homicídio no local na verdade não passava de um boato, sendo que as imagens
usadas são, na verdade, de amantes que foram mortos pelo marido da mulher em
outubro do ano passado na cidade de Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.
Além das fotos do homem e da
mulher, ambos nus, mortos dentro de um quarto, também circulou uma imagem de
viaturas policiais na rua da capital mineira, famosa por seus prostíbulos. De
acordo com policiais militares, a foto é da ocasião em que dois assaltantes
entraram em um dos prostíbulos durante uma fuga.
Com as fotos também chegaram
mensagens com uma história do que teria acontecido: um suposto detento, em
regime semiaberto, descobriu que a companheira estava fazendo programas
sexuais, invadiu o local e matou a mulher.
Réus do processo da Boate Kiss
vão a júri popularDupla é presa por matar suposto estuprador no bairro Goiânia,
em BHFotos de homens armados nas 'casinhas' de Caeté circulam na web
Além dela, o suposto cliente
também teria sido executado. Os “crimes” teriam acontecido no fim desta manhã.
Procurada pela reportagem de O TEMPO, a Polícia Militar afirmou que não havia
ocorrência dessa natureza em atendimento.
Um funcionário do hotel, que
pediu anonimato, negou o caso. “Isso nunca aconteceu aqui. Também recebemos
essas imagens, mas o quarto que aparece no foto não é nosso”, disse.
Autor pode ser responsabilizado
A pessoa que divulgou as imagens
das pessoas mortas para propagar o boato poderá responder pelo crime de
vilipêndio de cadáver ou cinzas, previsto no artigo 212 do Código Penal
Brasileiro, de acordo com a Polícia Civil.
Com pena de 1 a 3 anos de
reclusão e multa a ser definida pela Justiça, o crime pode ser denunciado por
algum familiar das pessoa "ofendida" ou qualquer pessoa da sociedade
que sentir atingida pela propagação destas imagens.
Ainda segundo a corporação, por
conta da utilização do aplicativo WhatsApp para divulgação do boato envolvendo
pessoas mortas, o autor responderia pelo crime cibernético de vilipêndio.
Fonte: O Tempo
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