quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Boato de duplo homicídio em prostíbulo na Guaicurus circula na web

 WhatsappImagem que circula no Whatsapp como sendo de hoje, na verdade, é de uma ocorrência na semana passada
Circulou na internet nesta quarta-feira (10) imagens de duas pessoas que teriam sido assassinadas em um hotel da rua Guaicurus, no Centro de Belo Horizonte. A informação de um duplo homicídio no local na verdade não passava de um boato, sendo que as imagens usadas são, na verdade, de amantes que foram mortos pelo marido da mulher em outubro do ano passado na cidade de Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul.


Além das fotos do homem e da mulher, ambos nus, mortos dentro de um quarto, também circulou uma imagem de viaturas policiais na rua da capital mineira, famosa por seus prostíbulos. De acordo com policiais militares, a foto é da ocasião em que dois assaltantes entraram em um dos prostíbulos durante uma fuga.

Com as fotos também chegaram mensagens com uma história do que teria acontecido: um suposto detento, em regime semiaberto, descobriu que a companheira estava fazendo programas sexuais, invadiu o local e matou a mulher.
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Além dela, o suposto cliente também teria sido executado. Os “crimes” teriam acontecido no fim desta manhã. Procurada pela reportagem de O TEMPO, a Polícia Militar afirmou que não havia ocorrência dessa natureza em atendimento.

Um funcionário do hotel, que pediu anonimato, negou o caso. “Isso nunca aconteceu aqui. Também recebemos essas imagens, mas o quarto que aparece no foto não é nosso”, disse.

Autor pode ser responsabilizado

A pessoa que divulgou as imagens das pessoas mortas para propagar o boato poderá responder pelo crime de vilipêndio de cadáver ou cinzas, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro, de acordo com a Polícia Civil.

Com pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa a ser definida pela Justiça, o crime pode ser denunciado por algum familiar das pessoa "ofendida" ou qualquer pessoa da sociedade que sentir atingida pela propagação destas imagens.

Ainda segundo a corporação, por conta da utilização do aplicativo WhatsApp para divulgação do boato envolvendo pessoas mortas, o autor responderia pelo crime cibernético de vilipêndio.

Fonte: O Tempo

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