Violentada e agredida nas ruas
quando ainda era uma menina, Helena hoje ajuda pessoas que moram nas ruas da
capital.
Ela nasceu como Irani de Almeida
Prata, mas prefere ser chamada de Helena, nome que adotou após abrir uma
agência de namoro há cerca de 15 anos. Aos 61 anos, Helena passa os dias
confabulando ideias e colocando em prática ações para ajudar os moradores de rua,
experiência que conhece bem, já que também morou na rua em duas ocasiões,
quando ainda era uma menina.
"Fui estuprada na rua, fui
humilhada. E é por isso que eu tento ajudar essas pessoas hoje. Eu sei que elas
não têm culpa, assim como também não tive. Fui deixada ainda criança em BH por
um primo que trouxe minha mãe e meus irmãos de Governador Valadares para cá.
Não tínhamos nada. Na segunda ocasião, eu
fui para a rua depois de perder a minha mãe, e a dona da casa que
ficávamos despejar eu e minha irmã, quando eu tinha 13 anos e ela 15",
lembra.
Mesmo com problemas de saúde e
recebendo uma aposentadoria de cerca de R$ 600 mensais, Helena levanta cedo
todos os domingos para preparar alimentos que leva a moradores de rua da cidade
no mesmo dia. "Antes eu tinha condições de dar mais coisas, e de preparar.
Hoje é mais difícil pra mim descascar batatas, essas coisas, então eu levo
sanduíches, sucos, coisas assim. Mas sinto que o que eles mais gostam é do
abraço", conta.
Conheça um pouquinho da história
de Helena, assistindo ao vídeo abaixo:
Fonte: O Tempo
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