sexta-feira, 27 de março de 2015

Conheça os serviços municipais para a população de rua em BH

Eles têm direito a alimentação gratuita nos restaurantes populares e podem ser atendidos nos postos de saúde sem a necessidade de documento.

Na tentativa de ajudar os moradores de rua a reconstruir suas vidas para, então, sair dela, os centros de acolhimento institucional oferecem uma série de serviços que pode ajudar esta população.
No abrigo Tia Branca, localizado no bairro Floresta, por exemplo, uma equipe de assistentes sociais e monitores faz o encaminhamento dessas pessoas para a retirada de carteira de identidade, foto 3X4 para documentos, CPF, certidão de nascimento, passagem rodoviária para a volta a sua cidade de origem e tarifa social (uma passagem de ônibus para ir ao hospital, por exemplo), comprovante de endereço (será  constado o do abrigo) se necessário  para a retirada de documentos ou inserção no mercado de trabalho e encaminhamento para o cadastro nos restaurantes populares, onde os moradores de rua têm gratuidade.

Este cadastro também pode ser feito em qualquer uma das nove regionais de Belo Horizonte, segundo  a coordenadora do Comitê de Monitoramento e Assessoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua, Soraya Romina.

Além disso, todos os postos de saúde têm que atender o morador de rua, mesmo que ele não tenha documentação. “Temos quatro equipes de consultório de rua que estão em campo manhã, tarde e noite, ofertando assistência a quem usa drogas e álcool e temos também o Centro de Saúde Carlos Chagas, especializado para atendimento a essa população.

"Se o morador de rua não tem endereço fixo e se ele está na regional Nordeste, por exemplo, se ele chegar a uma unidade pública de saúde naquela região, ele será atendido, sem a exigência de nenhum documento”, explica a coordenadora.
O Centro de Saúde Carlos Chagas está localizado na avenida Francisco Sales, 1715, no bairro Santa Efigênia.

Os dois Centros de Referência para a população de rua de Belo Horizonte também disponibilizam serviços que podem ajudar ao processo de reorganização de vida para a saída das ruas. Um deles está localizado na avenida do Contorno, 10852, no bairro Barro Preto, e o outro, no mesmo espaço físico em que o albergue Tia Branca, na rua Conselheiro Pena, 351, bairro Floresta.

Eles funcionam de segunda à sexta-feira, de 8h às 18h. No período da manhã, são oferecidas oficinas socioeducativas com capacidade média para 20 participantes e durante a tarde os espaços são abertos para que os moradores de rua possam tomar banho e lavar suas roupas, além de atendimentos socioassistenciais.

Os centros de referência também contam com telecentros, que permitem acesso à Internet, guarda-volumes, telefone para contato com  familiares e serve também como endereço de referência. Os frequentadores são acompanhados por educadores sociais e técnicos de nível superior que realizam encaminhamentos para outros serviços.

Juntos, os dois centros atendem cerca de 200 pessoas por dia, sendo 130 delas na avenida do Contorno e 70 no albergue Tia Branca.

A gerente de Promoções e Proteção Social da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, Kátia Zacché, explica que  um reordenamento de recursos possibilita a ampliação de serviços prestados a população em situação de rua da capital. “Os serviços que se voltam para esta população são frutos de um processo de ordenamento. Não só em BH, mas o Brasil inteiro. Os municípios vêm realizando ações, também provocadas por legislações normativas que visam este reordenamento também de ampliação do financiamento deste serviço”, diz.

“Quando os custos ficam exclusivamente para o município, fica uma situação pesada. Mas desde 2009 estes serviços vêm passando por um processo de ordenamento, e a gente agora tem a participação de recursos estaduais e federais, além dos recursos que os municípios já dispõe”, completa.


Fonte: O Tempo

Nenhum comentário: