Certos preconceitos se apresentam
de forma tão puramente arbitrária e ignorante que fica difícil analisar e
escrever sobre eles sem simplesmente apontar a burrice absoluta, e ir às
lágrimas em desesperança e injustiça. A página Diário de uma mãe solteira publicou
recentemente um exemplo tão lamentavelmente comum quanto sintomático do horror
que sofrem as mulheres e as mães solteiras cotidianamente, muitas vezes advindo
de outras mulheres e mães.
Em três prints, o post mostra uma
conversa de whatsapp na qual uma mulher demite uma faxineira por ter
descoberto, através do facebook, que a mesma tinha três filhos e não era
casada. Sem sequer se esforçar para encobrir seu preconceito, a mulher decreta
que não pode permitir “esse tipo de gente” em sua casa. A faxineira foi mandada
embora por simplesmente ser mãe solteira – e com requintes de crueldade.
A mulher chega a admitir a
qualidade do trabalho, mas o horror a total falta de empatia falam mais alto.
Que essa conversa nos sirva como um espelho, pois pior do que se confrontar com
o quão tacanha e cruel pode ser a burrice humana, é perceber que a grande
prejudicada segue sendo a vítima que, pela desigualdade econômica e social
imposta, precisa se submeter a – aí sim – esse tipo de gente, capaz de tamanho
preconceito.
Fonte: Geledes
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