Juiz de Fora. Crime teria ocorrido
em casa abandonada, usada para encontros de casais e uso de drogas
A adolescente de 13 anos, que foi
estuprada por oito rapazes em Juiz de Fora, e a família dela foram encaminhadas
para um local seguro como forma de preservá-las. Um vídeo feito pelo grupo e
disponibilizado na internet também já foi incluído nas investigações.
Uma garota de 13 anos foi mantida
em cárcere privado e violentada por oito homens, que seriam traficantes,
durante 12 horas no último fim de semana, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. A
menina só foi libertada depois que um vídeo com o abuso foi divulgado no
Facebook e o líder da quadrilha fez uma ligação ordenando que ela fosse solta.
O caso é investigado pela Polícia Civil, e, segundo a delegada Ângela Fellet,
seis suspeitos já foram identificados, sendo a maioria deles menor de idade.
Até a noite de ontem, ninguém havia sido detido.
Na noite do crime, a adolescente
havia ido a uma festa junina com a família. Segundo o boletim de ocorrência da
Polícia Militar, ela deixou o local um tempo depois, sem o consentimento dos
pais, com o namorado e um casal de amigos. Eles foram até uma casa abandonada
no bairro Olavo Costa. O ponto, de acordo com Ângela Fellet, da Delegacia de
Mulheres, é muito usado para o uso de drogas e encontros de casais.
Em depoimento à Polícia Civil, na
segunda-feira, a menina contou que os oito suspeitos invadiram o imóvel, três
deles armados, e renderam o grupo. A amiga e os dois homens foram liberados em
seguida – a garota, também menor, seria parente de um membro da gangue.
A vítima teria ficado em poder
dos criminosos entre as 20h de sábado e as 8h de domingo. “Ela afirma que não
os conhecia, mas ainda estamos investigando a situação”, explica a delegada.
Vídeo
A delegada não quis passar
detalhes do vídeo, mas disse que ele confirma o crime. Ela ainda frisa que,
como a menina tem menos de 14 anos, mesmo que a relação tenha sido consensual,
o crime de estupro está configurado. “O vídeo foi postado no Facebook. Ela foi
levada por duas pessoas e, sozinha, conseguiu chegar em casa”, conta a
delegada.
Até a noite de ontem, a delegada
tentava identificar os outros dois suspeitos. “Estamos em uma fase inicial da
investigação, mas, quando terminarmos a identificação, partiremos para a
segunda etapa, que são os pedidos de prisão e apreensão”.
Com medo de represálias e
traumatizada, a adolescente vive hoje sob proteção da Justiça e é acompanhada
pelo Conselho Tutelar.
Rio de Janeiro
Relembre. Quatro homens foram
denunciados pelo Ministério Público do Rio pelo estupro de uma garota de 16
anos, em maio. Ela foi violentada após um baile funk, e o caso gerou muita
comoção após vídeo com o ataque ser divulgado.
Fonte: O Tempo
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