Ato reuniu cerca de 200 mulheres
no centro da cidade ontem
Vítima de um estupro coletivo
durante um congresso de estudantes da Faculdade João Pinheiro há quase um mês,
uma jovem de 19 anos, também estudante da instituição, afirma não se arrepender
da denúncia, mesmo com todas as dificuldades. No fim da tarde desta
quinta-feira, ela participou de um protesto contra a cultura do estupro, no
centro da capital e, ao ver o apoio de tantas mulheres, disse ter se sentido
amparada para seguir em frente.
“Isso me dá a certeza de que fiz
a coisa certa. Muitas vezes, vendo as dificuldades de lidar com os processos de
fazer a denúncia, aguardar a Justiça e todas as outras questões, a gente acaba
se perguntando se vale a pena se expor. Mas vejo que sim”, conta a jovem.
Colegas de faculdade e
integrantes do Coletivo Mulheres Subversivas organizaram o ato. Juntas, cerca
de 200 mulheres se reuniram na praça Afonso Arinos e marcharam até a praça da
Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O que aproxima os estupros
coloniais dos estupros coletivos?Amigas dizem que foram estupradas para
incriminar gangue de MachadoAdolescentes afirmam ter sido estupradas por 20
homens no Sul de Minas
Com cartazes, batuques e faixas,
elas expuseram a violência da qual são vítimas. “O que nos deixa indignadas é a
impunidade que os estupradores recebem e a falta de credibilidade que dão para
as vítimas. A gente espera motivar todas a denunciarem qualquer tipo de
agressão”, ressalta Maria Catharina Melo, 20, uma das organizadoras do
encontro.
Fonte: O Tempo
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