Na era da liberdade sexual, saiba
os motivos para os homens ainda procurarem sexo através da prostituição.
Os motivos pelos quais homens
procuram sexo pela prostituição são variados.
Receio de não ser compreendido
quando quer apenas sexo casual. Ou o apelo de ‘comprar’ algumas horas na
companhia de uma mulher dentro dos padrões de beleza vigentes, a qual talvez
ele não conseguisse conquistar. Esses são apenas alguns dos motivos pelos quais
homens ainda veem na prostituição uma maneira de ter relações sexuais de forma
fácil.
“Não posso afirmar que isso seja
frequente, mas é usual. Também há o nicho de homens comprometidos, que amam a
mulher, mas buscam dar vazão a novas experiências sexuais. Esses costumam
tratar a prostituição como o sexo sem relevância, meramente carnal”, conta o médico ginecologista e especialista
em sexualidade, Marino Pravatto Júnior.
Mesmo sem conseguir desvendar os
motivos pelos quais os homens ainda procuram sexo pago, o certo é que, mesmo
com toda a liberdade sexual do mundo contemporâneo, homens com poder aquisitivo
alto ainda gastam dinheiro com prostituição.
Mudanças no perfil da prostituição
Até o início da década de 1970,
era comum se pagar por sexo porque os homens tinham dificuldade em conseguir
relações sexuais em função do tabu da virgindade feminina. Quando a liberdade
sexual alcançou as mulheres, especialmente após o advento da pílula
anticoncepcional, o perfil da prostituição mudou.
As garotas de programa de luxo,
com sua juventude e beleza ao estilo das top model ou artistas famosas,
passaram a predominar entre as profissionais do sexo. A prostituição, então,
passou a servir para o homem ter uma mulher que ele se acha em dificuldade de
conquistar meramente por seus atributos físicos ou intelectuais.
Em busca de paz
Mas nem todo homem concorda com
esse apelo da beleza, quando se busca uma justificativa para os motivos que
levam homens bonitos, bem-sucedidos que, aparentemente, não teriam dificuldade
em conquistar uma mulher.
O professor universitário Marcos
César Santos (o nome foi modificado a pedido do entrevistado) desvenda um pouco
deste mistério. Para ele, existe outro motivo além de meramente a busca pelo
prazer sexual ou para satisfazer qualquer fetiche de estar com uma mulher digna
de capa de revista.
“Quando um homem procura uma
prostituta nem sempre é somente por sexo. Sexo a gente arruma com relativa facilidade.
E com mulheres até mais interessantes. Quando a gente procura uma prostituta, a
gente está procurando paz”, afirmou o professor.
A ‘paz’ a qual o professor se
refere seria a não-cobrança de um telefonema no dia seguinte ou qualquer
demonstração de afeto ou carinho, sempre muito caras à maioria das mulheres
quando o assunto é relacionamento.
Materialização da mulher-objeto
Pagar pela prostituição, seria,
portanto, um modo de não precisar conquistar para ir para a cama com alguém.
“Infelizmente, é muito difícil uma mulher aceitar transar com um homem quando
somos sinceros e dizemos que queremos apenas sexo e nada mais”, completa
Santos.
Para a psicóloga Isabela Rosa, a
afirmação do professor tem origem em uma séries de arquétipos, que influenciam
a formação dos valores femininos e masculinos. Dentre os quais, o mito da
mulher-objeto, que apesar de ser ultrapassado, ainda permeia o inconsciente
coletivo masculino.
“Ao fazer uma afirmação como
esta, um homem atribui à prostituição o papel feminino da submissão
incondicional. Este papel, felizmente, tem sido cada vez menos desempenhado por
mulheres com as quais eles se
relacionam, por qualquer outro motivo que não seja em troca de
dinheiro”, conclui a psicóloga.
Copyright foto: iStock
Fonte: http://arevistadamulher.com.br/
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