O assunto envolve moral,
comportamento, religião, é difícil de assimilar e polêmico. A legalização pode
ser complexa de aceitar, mas fazer uso desse serviço é uma prática recorrente,
de fácil acesso, embora, às escondidas pelo usuário.
Por Raquel Ramos
O direito que a mulher tem de
vender seu corpo a um homem a título de serviço prestado, embora pareça
deprimente, é incontestável. Que motivo alguém, que faça uso ou não da
prostituição, tem para se opor a legalização desta profissão, se isso só
interessa à quem efetivamente trabalha no ramo? Legalizar é a forma que todo
trabalhador tem para se sentir protegido.
Se a profissão é escolhida ou
assumida por falta de opção também não vem ao caso. Se é profissão tem que ser
legalizada. Não sem antes observar que é mais fácil regulamentar do que
resolver o problema social de quem vive da prostituição degradante de
prostíbulos. Bem diferente da prostituição, por escolha, vivida em ambientes
luxuosos.
O assunto envolve moral,
comportamento, religião, é difícil de assimilar e polêmico. A legalização pode
ser complexa de aceitar, mas fazer uso desse serviço é uma prática recorrente,
de fácil acesso, embora, às escondidas pelo usuário.
Onde está a defesa pelos danos
psicológicos causados na prostituta em consequência das carícias obrigatórias e
sensações de prazer não sentidas? Sim, porque
para o macho não basta a sua satisfação física, é preciso se sentir
irresistivelmente o provedor do prazer feminino.
Ao mesmo tempo que a legalização
da prostituição tem a intenção de proteger a mulher, ela reforça a estrutura
cultural de dominação do machismo.
No aspecto do comportamento, numa
época de luta contra a "cultura do estupro", em que o réu é o
machismo, a prostituição legal, vem dar ao homem o direito de poder pagar pela
posse do corpo da mulher.
Não é a mesma coisa? Certamente
que não, mas se antagoniza com os conceitos de luta contra o machismo.
Não há machismo consentido, maior
do que este.
Nota: "Na Holanda, em 2000,
houve a regulamentação da prostituição. O resultado foi um aumento do
faturamento de 25% DA INDUSTRIA DO SEXO, que representa hoje nada menos que 5%
DA ECONOMIA HOLANDESA." Do texto Em Defesa das Prostitutas - Contra a
Regulamentação da Profissão. Link completo.
http://www.superlinda.com/
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