As gestantes e seus parceiros sexuais poderão recorrer ao
teste rápido (resultado na hora) de HIV/Aids e da Sífilis. O Ministério da
Saúde publicou duas portarias em dezembro de 2011 e outras duas neste mês, que
viabilizam a realização desse tipo de teste.
Em Minas Gerais, os testes rápidos começarão a ser feitos
nos centros de saúde em Belo Horizonte, a partir de fevereiro. A Secretaria de
Estado de Saúde de Minas (SES-MG) já promoveu capacitação para os profissionais
de Belo Horizonte e, até março, a estenderá para os técnicos dos municípios da
região metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e do interior do Estado, para que
estejam aptos a aplicar os testes. A meta é reduzir para menos de 1% a taxa de
incidência de Sífilis e HIV em gestantes e recém nascidos até 2015.
Conforme a coordenadora de DSTs/Aids da SES, Fernanda
Junqueira, a coordenadoria vai promover a capacitação dos profissionais da
Atenção Básica em Belo Horizonte. “A ideia é passar o ano de 2012 fazendo
capacitações para os técnicos, com duração de dois dias. A Prefeitura de Belo
Horizonte já começou e não deve demorar a receber os testes rápidos para as
unidades básicas de saúde da capital”, explica.
Conforme a coordenadora, “o teste rápido apresenta o
resultado na hora e a gestante é aconselhada e encaminhada a um serviço
especializado para começar imediatamente o tratamento, assegurando, assim, a
saúde de seu bebê. Já no teste sorológico, o resultado não é entregue na hora,
logo, a gestante também não é tratada imediatamente e não podemos garantir que
ela volte para descobrir que é portadora do vírus e se tratar”, destaca.
Aids em Minas
No Estado, entre os
anos de 2000 e 2011, foram notificados 4.066 gestantes com HIV positivo. Entre
os anos de 1982 e 2011, foram feitas 31.559 notificações de Aids em Minas.
Tanto para homens, quanto para mulheres, a predominância do acometimento é na
faixa etária de 20 a 49 anos, que corresponde a cerca de 84% do total de casos
do Estado. Na faixa etária que vai de 20 a 34 anos são 14.178 casos notificados
(cerca de 45%) e na faixa etária que vai dos 35 a 49 anos, são 12.217 casos
(cerca de 39%).
O número de casos entre mulheres vem aumentando
gradativamente. O primeiro registro entre mulheres foi no ano de 1986, quando a
razão entre os sexos era de 31 homens para uma mulher. A partir da década de 90
essa razão vem reduzindo e há na faixa etária que vai de 10 a 19 anos uma
inversão do número de casos desde 1998, com número maior entre mulheres do que
homens. A proporção de casos entre os sexos em 2011 é de dois homens para uma
mulher, com 21.289 casos notificados em homens e 10.270 casos em mulheres.
Fonte: Agência Minas
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