Taxa no País é de 32,4 assassinatos por 100 mil pessoas;
Honduras lidera com índice de 103,9, seguido pela Venezuela, com 57,6
De acordo com a OMS, a taxa no Brasil é de 32,4 homicídios
para cada 100 mil pessoas. A proporção se aproxima de casos como da África do
Sul, com 35,7, e Colômbia com 43,9. Mas na liderança do ranking está Honduras,
com 103,9 homicídios para cada 100 mil pessoas. A segunda colocação é da
Venezuela, com 57,6.
O estudo usa dados de 2012, já que a entidade aponta que
esse é o último ano em que a informação de todo o mundo pode ser comparado. No
total, homicídios representam 10% das mortes no mundo.
Variação. Entre 2000 e 2012, a OMS aponta para uma queda
importante nas mortes relacionadas com homicídios. A redução foi de cerca de
17%, passando de 8 para cada 100 mil pessoas para apenas 6,7. Nos países ricos,
a taxa caiu em 39%, de 6,2 para cada 100 mil para apenas 3,8. Na Europa, a
queda foi de mais de 50%.
Mas, nas Américas, o índice continua sendo o mais alto do
mundo e com uma queda apenas marginal em 12 anos. Ao final de 2012, a taxa era
de 19,4 homicídios para cada 100 mil pessoas na região.
A OMS ainda destaca que se 80% das vítimas são homens; entre
as mulheres o estudo revela que 38% das que são mortas dessa forma são vítimas
de seus próprios parceiros.
Expectativa. Segundo os dados da OMS, apesar da epidemia dos
homicídios, o mundo registrou “ganhos dramáticos” em termos de expectativa de
vida em 15 anos. De uma maneira geral, os ganhos foram de cinco anos entre 2000
e 2015, a maior expansão desde os anos 1960. Hoje, ela é de 71,4 anos.
O Brasil seguiu a mesma tendência. Em 2000, a média de vida
de um brasileiro era de 70,5 anos. Em 2015, essa taxa chegou a 75 anos. No caso
das mulheres, a expectativa passou de 74,3 para 78,7. Entre os homens, ela
passou de 66,8 anos em 2000 para 71,4 em 2015.
No mundo, o aumento da expectativa de vida reverteu as
perdas registradas nos anos 90 quando a epidemia da aids causou uma queda na
idade média vivida por uma pessoa na África. Não por acaso, os maiores ganhos
nos últimos 15 anos foram na África, com alta de 9,4 aos para um total de 60
anos. O controle da malária, sobrevivência de recém nascidos e maior acesso a
remédios contra aids foram decisivos.
Mas, para a diretora da OMS, Margaret Chan, as disparidades
persistem. Segundo os dados da entidade, o futuro de uma criança depende de
onde ela nasceu. Nos 29 países mais ricos do mundo, ela pode esperar viver pelo
menos 80 anos. Nos 22 países mais pobres da África, essa criança deve viver
menos de 60 anos.
A taxa mais elevada de expectativa de vida é das mulheres
japonesas, com 86,8 anos. Entre os homens, o recorde é dos suíços, com 81,3
anos. Mas, em Serra Leoa, a expectativa de vida de um homem é de apenas 49
anos, ante 50 para uma mulher.
A pobreza é ainda responsável por milhares de mortes a cada
ano – 5,9 milhões de crianças ainda não chegam aos cinco anos de idade; 1,8
bilhão de pessoas bebem água contaminada no mundo; e 946 milhões ainda não
contam com banheiros.
Para a OMS, o sub-desenvolvimento ainda faz com que 53% de
todas as mortes do mundo sejam sequer contabilizadas.
Fonte: O Estado de São Paulo
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