Para combater o tráfico de
pessoas na região do Alto Solimões, uma rede de enfrentamento foi formada pelos
países Brasil, Colômbia e Peru. O Amazonas foi o estado brasileiro que mais
registrou ocorrências de tráfico para exploração sexual.
E as mulheres, adolescentes e
crianças, são as que mais sofrem com o tráfico. A maioria é de classe social
mais baixa e possuí pouca escolaridade. Homens também são traficados,
principalmente, para o trabalho escravo.
A presidente do Conselho
Municipal da Criança e Adolescente de Tabatinga, Izalene Tiene, informou que a
porta de saída das meninas traficadas de Tabatinga, no Alto Solimões, para
outros países é a cidade peruana de Caballococha, onde não há fiscalização.
“Por Caballococha é que as meninas são levadas, porque saem de Letícia ou de
Santa Rosa e depois quando chegam em Caballococha não tem mais um controle, não
tem mais fiscalização”, disse Izalene Tiene.
A missionaria da diocese do Alto
Solimões, Rose Bertoldo, explica que tráfico de pessoas acontece por meio de
aliciamento, recrutamento, uso da força, rapto, coação, fraude ou outras formas
de engano, para fins de obter lucro sob essas pessoas. Ainda de acordo com a
missionária, o tráfico acontece para exploração sexual, trabalho escravo, venda
de órgãos, casamento servil e atividades criminosas, como o tráfico de drogas.
Um grupo de trabalho foi montado
para fazer um diagnóstico da situação e no mês de julho, deste ano, haverá uma
apresentação dessa pesquisa, informou a presidente do Conselho Municipal da
Criança e Adolescente de Tabatinga.
O Repórter Solimões entrou em
contato com a Polícia Federal, mas até o fechamento dessa matéria não obteve
retorno.
Fonte: http://www.ebc.com.br/
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