A igualdade de gênero tem
melhorado progressivamente no mundo, principalmente nos países nórdicos, embora
piore em diversas nações da África e da América Latina, informa o Índice de
Diferenças de Sexo do Fórum Econômico Mundial (FEM).
"Agora que estamos há
seis anos fazendo este relatório podemos dizer que, em 85% dos países
estudados, a desigualdade de gênero tem diminuído, em alguns relativamente mais
rápido que em outros, e que em geral a direção é positiva", explicou à
Agência Efe a chefe do Programa de Mulheres do FEM, Saadia Zahidi.
A Islândia lidera a pesquisa
mundial como o país de maior igualdade de gênero pelo segundo ano consecutivo.
Atrás dela, também estão outros três países da mesma região: Noruega, Finlândia
e Suécia, que mantêm os resultados de 2010 com níveis de igualdade superiores a
80%. Segundo o FEM, nenhum país possui o índice de 100% de nivelamento entre os
sexos.
Brasil aparece agora na 71ª
colocação na lista. Em 2013, ocupava a 62ª posição.
Nível de felicidade
O encontro na New York Society
for Ethical Culture, para apresentação do novo trabalho sobre a felicidade, com
os coautores John Helliwell da Universidade da Colúmbia Britânica e o Lord
Richard Layard da Escola de Economia de Londres. A Itália está muito distante
na classificação, longe da Alemanha (26ª), da França (29ª), da Espanha (36ª).
Em posições piores, entre os países europeus, está a Grécia (102ª). Mas abala o
fato de que a classificação é dominada pelos países europeus. De fato, não se
vive mal no Velho continente.
Os campeões de felicidade são os
escandinavos e os nórdicos: ocupam cinco das primeiras dez posições. Também
está entre os primeiros colocados a Suíça. Entre os “super felizes”, duas
nações que até pouco tempo estavam em situação similar a da Grécia com relação
aos desastres financeiros: Islândia e Irlanda, segunda e 18ª, entre as mais
tranquilas da Europa.
Do que falamos quando falamos em
felicidade? Basicamente é a resposta que damos a nós mesmos. Uma contribuição
fundamental para o World Happiness Report foi dada pela pesquisa mundial Gallup
que entrevista povos sobre a própria felicidade. O método é primorosamente
democrático e menos arbitrário do que os demais, que atribuem uma “sabedoria
superior” aos especialistas. Quem melhor do que nós sabe se somos felizes?
O World Happiness Report
conquistou respeito entre estudiosos e organizações internacionais. “Se baseia
em trabalhos pioneiros da OCSE – lembra Sachs – e já estamos na terceira
edição. Estudiosos de todas as áreas da ciência (incluindo os italianos
Leonardo Becchetti, Luigino Bruni, Stefano Zamagni), trabalham no projeto, da
economia à psicologia, da saúde ao meio ambiente – e as Nações Unidas adotaram
uma resolução para encorajar os governos a utilizarem este estudo”.
Sachs é diretor do Earth
Institute da Universidade de Columbia, é conselheiro da ONU para a
sustentabilidade. Ele explica como o índice da felicidade da o índice preciso
do nosso bem estar.
“Os três quartos de diferença
entre as 125 nações classificadas – diz– são resultado de seis variáveis. Renda
per capita, esperança de vida, sustentabilidade social, confiança, liberdade na
tomada de decisões, generosidade. Mas dentre estas, três são as componentes
mais importantes: sustentabilidade social, renda e esperança de vida”. Uma
crise econômica como aquela que afetou a zona do euro, afeta: “Grécia e Itália
sofreram as piores quedas nas avaliações que as pessoas fazem sobre a própria
vida; a queda destes países são da mesma ordem de grandeza das sofridas pelo
Egito”.
A mesma crise econômica, no
entanto, não piorou a felicidade de outros países como Islândia e Irlanda. “A
divergência nas experiências nacionais – explica Sachs – se explica com a
qualidade da governança, da confiança, da sustentabilidade social. Os países
que tem um capital social de alta qualidade, ou seja, confiança no próximo e
nas instituições, regram melhor os desastres naturais ou as crises econômicas.
As crises se transformam em oportunidades para redescobrir e melhorar as
ligações comunitárias”.
Do contrário, em outros países,
uma prolongada crise econômica aumenta muito a desconfiança. Sachs lista os
fatores que entram em jogo quando as coisas vão fora do esperado, e a crise
gera infelicidade: “O aumento das desigualdades é crucial. Por sua vez piora a
confiança nos outros. Os países mais infelizes são aqueles onde a credibilidade
dos governantes e dos administradores de empresas se deteriora. Onde os abusos
aumentam começando de cima para baixo, das classes dirigentes. Onde a elite tem
comportamentos anti-sociais, contrários ao interesse geral”.
Fonte: La Repubblica
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