As 12 cidades brasileiras que irão sediar jogos da Copa do
Mundo 2014 estão traçando metas conjuntas de proteção às crianças e
adolescentes durante o evento. A ideia é, através dos Conselhos Municipais de
cada uma destas sedes, traçar ações que evitem, ao máximo, situações de
vulnerabilidade, como exploração sexual e outros tipos de violação dos direitos
dos menores de 18 anos.
Representantes de dez municípios estiveram no encontro
realizado nesta segunda-feira (12), em São Paulo, na terceira reunião do grupo
para tratar do tema, realizada na sede do Itaú Social. Presidente do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro, Miná
Benevello, destaca que há várias preocupações no que diz respeito a resguardar
as crianças e adolescentes, além da exploração sexual.
Ela destaca, por exemplo, o caso relatado no primeiro
encontro do grupo por uma representante da Unicef, sobre o fechamento das
escolas durante o período da Copa. O grupo já pensa em criar propostas a serem
levadas para os governos municipais para que isso seja evitado. "A
representante da Unicef colocou um importante problema: 'se as escolas estão
fechadas o que estarão fazendo nossas crianças?' A intenção é que se abram as
escolas, mas este ainda é um ponto de discussão."
A iniciativa, encampada pelo Itaú Social, partiu da
observação de situações registradas em outros países-sede, como a África do Sul
(2010), em que as crianças podem estar mais vulneráveis. "O Unicef
apresenta dados preocupantes. As crianças ficam muito soltas (neste tipo de
evento). Por isso a importância de pensar as ações desde já", comenta
Miná. Ela lembra que até mesmo crianças que vão para as ruas junto dos pais
venderem produtos como ambulantes, por exemplo, são motivo de preocupação por
estarem expostas demais.
O passo a ser dado a partir de agora é tentar tirar ao menos
três ações em comum entre as 12 cidades brasileiras que serão sede do
megaevento para que o trabalho seja realmente eficaz e que os municípios
estejam aptos a proteger suas crianças. "A gente tem que estar preparado
para que o menor número possível delas seja atingido e que essas pessoas não
tenham seus direitos violados."
O próximo encontro do grupo acontece no Rio de Janeiro, em
fevereiro de 2013.
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