sábado, 24 de novembro de 2012

Brasil ocupa topo do 'ranking' de exploração sexual infantil na América Latina


Em discurso na quarta-feira (21), o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) chamou atenção para um ranking vergonhoso em que o Brasil ocupa os primeiros lugares: no relatório de exploração sexual infanto-juvenil elaborado pelas Nações Unidas, o país está em primeiro lugar na América Latina e em segundo no mundo.

 - Esse é um dado alarmante que confere uma liderança deprimente e inaceitável e que exige de nós, homens e mulheres, políticos e gestores, uma reação sólida para reverter o quadro – disse.
 O senador informou que a exploração sexual é o terceiro mais rentável comércio mundial, atrás apenas da indústria das armas e do narcotráfico. Além de ser vergonhoso para o país, disse o senador esse comércio é também um dos responsáveis pela criação de uma geração precoce de portadores do vírus da Aids. Essa prática, que se instalou no Brasil, pode ser encarada como um novo modelo de escravidão de crianças e jovens, incompatível com o atual momento da civilização, afirmou o parlamentar.
Por isso, ele louvou a ação do Ministério Público Federal no Amazonas que instaurou inquérito para averiguar a existência de uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes indígenas em São Gabriel da Cachoeira, no extremo norte do Amazonas. As maiores vítimas são meninas entre 10 e 16 anos, preferencialmente virgens, que se vendem em troca de comida e frutas.
O problema piora, segundo o senador, porque o envolvimento de pessoas influentes e poderosas, até mesmo de servidores públicos, coage as testemunhas a não denunciar. Entretanto, a coragem de alguns e a força da imprensa, que vem divulgando o problema, ajuda a lançar luz sobre o tema. Alfredo Nascimento frisou que é preciso deixar de ter medo e denunciar os criminosos, assim como exigir dos governantes permanente vigilância e uma ação efetiva para proteger as crianças.
- Mas a maior de todas as ferramentas de que dispomos é a nossa legislação. A Constituição, o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente preveem a punição à exploração sexual e à violência contra os jovens. É necessário fazer valer nossas leis e punir severamente os criminosos, a única forma de garantirmos o futuro de nossas crianças – ressaltou.

 

Fonte Folha Maranhão

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