terça-feira, 12 de julho de 2016

Motorista da UBER acusado de tentar atacar passageira em BH

Um motorista egípcio radicado em Belo Horizonte foi descredenciado do aplicativo Uber nesta segunda-feira (11) depois que a empresa recebeu uma denúncia de uma usuária – uma estudante de 20 anos – relatando ter sido assediada pelo homem na madrugada do último sábado (9).


A jovem contou que o condutor tentou beijá-la à força depois que outras três amigas que a acompanhavam no carro desceram em suas respectivas residências. Elas voltavam de uma boate no bairro Lourdes, região Centro-Sul da capital.

“Infelizmente, eu fui a que ficou por último. A viagem estava tranquila até a última delas chegar em casa. Foi então que ele começou a conversar sobre sexo, sem nenhum pudor, e fez perguntas obscenas. Perguntou como eu gostava de fazer (sexo). Passou a mão na minha perna, me puxou pelo pescoço e tentou me beijar”, afirmou à reportagem de O TEMPO.

A jovem conseguiu se desvencilhar do homem e pediu para que ele a deixasse logo no local combinado. Assim que chegou em casa, ela alertou as amigas, que utilizaram o próprio aplicativo para denunciar o motorista. “A minha amiga que pediu o carro tinha todos os dados dele registrados no celular e, mesmo que não tivesse, seria fácil identificá-lo pelo sotaque e pelas características físicas. Dá para perceber logo que ele não é daqui”, disse.

Além do relato feito pelo aplicativo, a estudante publicou na manhã daquele sábado um desabafo no Facebook com o intuito de alertar outras mulheres. Contudo, ela preferiu não registrar boletim de ocorrência. “Já fui assediada outra vez e o caso foi parar na Justiça. Não adiantou nada. O problema não está só nos motoristas, sejam eles do Uber ou táxi, é um problema social, dessa sociedade machista, que não respeita as mulheres”.

A Uber confirmou, em nota, que o motorista egípcio foi desligado da empresa e não poderá mais trabalhar pela plataforma. A empresa ressaltou ainda que os usuários têm acesso, como medida de segurança, à foto, nome do motorista, modelo e placa do carro. Além disso, o aplicativo conta com uma equipe de suporte que analisa todas as denúncias enviadas pelo celular.

Fonte: O Tempo



Universitária diz que foi criticada por denunciar abuso de motorista do Uber

Estudante voltou a relatar o caso no Facebook após receber comentários machistas pelo fato de não ter registrado boletim de ocorrência do caso. Empresa desligou condutor do aplicativo




Depoimento da jovem que diz ter sido vítima de abuso sexual praticado por um motorista do aplicativo Uber (foto: Reprodução/Facebook)

Uma universitária de 20 anos que acusou um motorista do aplicativo Uber de assédio sexual, no sábado, retornou ao Facebook na noite de ontem, indignada com comentários que considerou maliciosos, por ela não ter registrado ocorrência policial. “Sabe por que vítima de assédio/estupro não denúncia ou não se expõe? As pessoas julgam sem saber o que aconteceu. É mais fácil que alguém queira inventar uma história para aparecer, do que aceitar que homens assediam”, desabafou.

A estudante, em texto publicado na manhã do sábado, afirmou que um motorista a serviço do Uber, identificado por ela como sendo egípcio, a assediou com palavras, tocou em suas pernas e por duas vezes tentou beijá-la. Disse que não acionou a polícia, mas denunciou o caso à empresa, que, por meio de nota, confirmou o desligamento do motorista.

“Mas é, de um tempo para cá, o Uber ficou bem perigoso e isso é culpa de como nossa sociedade funciona atualmente, como aceita esse tipo de situação”, pontuou a jovem. “Para quem ‘tá’ querendo saber por que eu não fiz BO, é porque já passei por uma situação pior poucos anos atrás. Fiz tudo o que manda o figurino e adivinhem? Não adiantou nada. Então, prefiro alertar as mulheres para tomar cuidado, a ficar esperando um milagre da polícia ou dessa Justiça que não existe no Brasil.”

Na postagem do sábado, a estudante contou que saiu de uma boate no Bairro de Lourdes, Centro-Sul de Belo Horizonte, e com amigas embarcou em um carro a serviço do aplicativo. Como o smartphone de uma das amigas não estava funcionando e ela não tinha o aplicativo, acertaram direto com o motorista para seguirem em corrida compartilhada, com pagamento em dinheiro. Ao ficar por último, a universitária relatou ter sido alvo do assédio.

Em nota, a Uber afirmou que “não tolera qualquer tipo de assédio”. “Entramos em contato com a vítima, para verificar a sua segurança. Enquanto isso, o motorista parceiro foi desligado da plataforma”, informou. A companhia acrescentou que, ao chamar um Uber, o usuário tem acesso a foto, nome do condutor, modelo e placa do carro. A empresa garantiu ainda que, para se cadastrar como parceiro, o candidato passa por checagem de antecedentes criminais nas esferas federal e estadual.


Fonte: Estado de Minas

Nenhum comentário: