segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Meninas são estupradas e mantidas em cárcere privado na Pedreira Prado Lopes em BH

Mais um caso de violência de gênero em Belo Horizonte. A PM (Polícia Militar) prendeu quatro homens e apreendeu outros quatro adolescentes suspeitos de estuprarem duas meninas de 11 e 13 anos na Pedreira Prado Lopes, região noroeste de Belo Horizonte. As vítimas foram mantidas em cárcere privado por dois dias e liberadas no último domingo.

  
As duas garotas de 11 e 13 anos que estavam desaparecidas desde a noite dessa sexta-feira (23) voltaram para casa nesse domingo (25). Na versão das meninas, elas foram estupradas por oito homens durante uma noite de sexo no aglomerado Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste de Belo Horizonte. Todos os suspeitos foram detidos.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, as menores, que são vizinhas, chegaram em suas casas, no bairro Nova Pampulha, na região da Pampulha, também em BH, e contaram os crimes para os pais.

Segundo elas, após conhecerem um homem por um grupo no WhatsApp resolveram se encontrar com ele. As garotas pegaram um táxi e foram até a rua Além Paraíba, no bairro Lagoinha. De lá, elas entraram em contato com o “amigo” e avisaram que o aguardavam.

O homem chegou com um outro jovem, cada um em uma motocicleta. Eles deslocaram com as vítimas até um baile funk do bairro Concórdia. Já na madrugada de sábado (24), a garota de 13 anos cansou da festa e pediu para ir embora.

Ela foi levada para um barraco na rua Arminda Alves pelo homem que conheceu pela rede social. A vítima foi recebida por um jovem conhecido pelo apelido de “Mexerica”, que se apresentou como dono do imóvel.

A menina mais velha ficou na residência até a chegada da mais nova. Quando as duas estavam juntas, ainda na versão delas, foram obrigadas a manter relações sexuais com quatro homens, sendo dois de 20 anos e dois de 18. Além deles, dois adolescentes de 16, um de 17 e até um garoto de 13 participaram do ato sexual. Durante os crimes, elas teriam sido obrigadas a usar maconha.

Por motivo desconhecido, a menina de 11 anos afirmou que ainda foi ameaçada por um dos suspeitos com uma arma de fogo. Depois das relações sexuais, elas dormiram e foram liberadas do cárcere privado no domingo.

Vizinha de suspeitos pagou táxi para vítimas

Para os policiais do 40º Batalhão, as vítimas contaram que foram acordadas por uma mulher. Ela teria levado as meninas para a sua casa, onde as garotas tomaram banho, se alimentaram e, em seguida, foram embora em um táxi, que foi pago pela dona de casa.

Após a conversa com os militares, elas foram encaminhadas ao Hospital Municipal Odilon Behrens. A mais nova ficou em observação enquanto a mais velha deslocou com a corporação até o aglomerado, onde reconheceu os suspeitos.

Os jovens foram detidos e encaminhados à Delegacia Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad).  Os maiores podem responder por estupro de vulnerável e, caso sejam condenados, pode pegar de oito a 15 anos de prisão por cada caso.

Fuga

Conforme as famílias, as menores saíram de suas casas na virada da noite de sexta para a madrugada de sábado. A menina de 11 anos pegou R$ 150 e afirmou que fugiria de casa. Já a de 13 anos ainda saiu levando as chaves do imóvel. As amigas saíram com mochilas e roupas.

Um boletim de ocorrência foi registrado no sábado e o caso seria investigado nesta segunda-feira (26) pela Delegacia Especializada de Localização de Pessoas Desaparecidas.


Fonte: O Tempo

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