A ONGs denunciam aumento da exploração sexual de crianças e
adolescentes nas principais ruas e avenidas de Fortaleza. Somente em 2014, o
Disque 100 recebeu 1.300 denúncias de exploração sexual contra menores de 18
anos no Ceará.
Para a coordenadora do Centro de Defesa da Criança e do
Adolescente (Cedeca), Talita Maciel, os números devem aumentar durante a Copa
do Mundo no Brasil. “Essas redes (...), elas se articulam de uma forma muito
mais estruturada e a delegacia precisa está bem equipada e estruturada para
implantar um serviço de inteligência o que não aconteceu inclusive previamente
no período da Copa do Mundo”, disse.
Durante o dia, mulheres se expõe em uma avenida nas proximidades da Arena
Castelão. O movimento fica ainda maior durante a noite. Segundo as ONGs que
trabalham na defesa dos direitos da criança e do adolescente, somente no
entorno do estádio o número de menores de 18 anos explorados sexualmente mais
que dobrou nos últimos três anos. Problema que se repete na Avenida Beira Mar.
Na Avenida Beira Mar, local aonde se concentra a maioria dos
turistas, não é difícil encontrar mulheres se prostituindo. Um repórter com uma
câmera escondida conversou com algumas delas. Elas afirmam estar cobrando mais
caro para turistas no período da Copa do Mundo.
“O preço de gringo é de R$ 250,00. Pode perguntar para
qualquer um aqui. Geralmente R$ 100,00 tá bom", diz.
Algumas dessas garotas ainda são adolescentes. Escondendo o
rosto, uma delas diz que trabalha na orla de Fortaleza há duas semanas. “Está
com dois finais de semana que eu venho para cá, entendeu? Aí hoje é o segundo
fim de semana”, conta.
Em nota a Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou
que, antes do início dos jogos da Copa do Mundo, desenvolveu várias ações para
coibir as ações de exploração sexual de crianças e adolescentes. A ação, vale
ressaltar, desde o mês passado passou a ser considerada crime hediondo.
Fonte: Globo
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