No último domingo, 22, a Praça da República de Belém (PA) foi tomada por
centenas de pessoas que participaram do “Apitaço Contra o Tráfico de Pessoas”,
organizado com o objetivo dar visibilidade às ações de combate ao tráfico
humano.
Representantes da Comissão de Justiça e Paz, da CNBB, em parceria com o
Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico Humano e a Rede “Um Grito pela
Vida”, alertaram a população sobre ocorrências dessa natureza e pediram a
mobilização da população em torno do problema.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por
intermédio da Coordenadoria de Proteção dos Direitos Humanos dos Trabalhadores
Rurais e de Combate ao Escravismo e Tráfico, que também faz parte da Comissão,
apostou na informação para conscientizar as pessoas que passaram pela Praça da
República. Com o apoio da Rede Um Grito Pela Vida e de organismos
governamentais que atuam na rede de combate e proteção à pessoa, foram
distribuídos materiais informativos, máscaras, apitos, e fitas de identificação
aos que aderiram ao enfrentamento.
“A Sejudh trabalha de maneira preventiva nas escolas, nas
famílias, levando informação aos pais, crianças, jovens e sociedade em geral”,
destacou Leila Silva, da Coordenadoria de Combate ao Escravismo e Tráfico.
Agnaldo de Jesus foi um dos participantes do "Apitaço" e ressaltou a
importância dessa campanha. “Temos que prestar mais atenção para essa situação
que está crescendo no mundo todo. É muito importante que a sociedade se
mobilize porque isso é uma situação real, frequente e pode acontecer com
qualquer um de nós”, ressaltou.
De acordo com o Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e
Crimes (UNODC) o tráfico de pessoas é um crime que explora mulheres, crianças e
homens para inúmeros propósitos, incluindo prostituição, trabalho forçado,
exploração sexual, escravidão e remoção de órgãos. Em todo o mundo, 4,5 milhões
de pessoas são vítimas de tráfico para exploração sexual. Destas, 76% são
mulheres e 26% são crianças e adolescentes. A UNODC destaca também que o tráfico
humano é uma das atividades ilícitas mais lucrativas, rendendo cerca de 32
bilhões de dólares por ano.
“Aproveitamos o ambiente lúdico para mobilizar a sociedade e
informar sobre esse crime, que é tão grave quanto tráfico de drogas e armas.
Temos que alertar as pessoas sobre as formas como essa exploração se dá e
mostrar que se trata de uma violação de direitos”, destacou Simone Edaron,
diretora de Atendimento a Grupos em Situação de Vulnerabilidade.
O Comitê de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas tem o compromisso
de desenvolver campanhas preventivas, exigindo a mobilização e conscientização
da sociedade para denunciar esse tipo de crime. A Política Estadual de
Enfrentamento ao Trafico Humano e o Plano Estadual priorizam ações e campanhas
de combate contra essa prática em toda a região. As denúncias de crime de
tráfico humano podem ser feitas pelos números 100, 180 (nacional) e 181
(estadual).
Fonte: Agência Pará de Notícias
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