terça-feira, 24 de junho de 2014

“Apitaço Contra o Tráfico Humano”

No último domingo, 22, a Praça da República de Belém (PA) foi tomada por centenas de pessoas que participaram do “Apitaço Contra o Tráfico de Pessoas”, organizado com o objetivo dar visibilidade às ações de combate ao tráfico humano. 

Representantes da Comissão de Justiça e Paz, da CNBB, em parceria com o Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico Humano e a Rede “Um Grito pela Vida”, alertaram a população sobre ocorrências dessa natureza e pediram a mobilização da população em torno do problema.

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por intermédio da Coordenadoria de Proteção dos Direitos Humanos dos Trabalhadores Rurais e de Combate ao Escravismo e Tráfico, que também faz parte da Comissão, apostou na informação para conscientizar as pessoas que passaram pela Praça da República. Com o apoio da Rede Um Grito Pela Vida e de organismos governamentais que atuam na rede de combate e proteção à pessoa, foram distribuídos materiais informativos, máscaras, apitos, e fitas de identificação aos que aderiram ao enfrentamento.

“A Sejudh trabalha de maneira preventiva nas escolas, nas famílias, levando informação aos pais, crianças, jovens e sociedade em geral”, destacou Leila Silva, da Coordenadoria de Combate ao Escravismo e Tráfico. Agnaldo de Jesus foi um dos participantes do "Apitaço" e ressaltou a importância dessa campanha. “Temos que prestar mais atenção para essa situação que está crescendo no mundo todo. É muito importante que a sociedade se mobilize porque isso é uma situação real, frequente e pode acontecer com qualquer um de nós”, ressaltou.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes (UNODC) o tráfico de pessoas é um crime que explora mulheres, crianças e homens para inúmeros propósitos, incluindo prostituição, trabalho forçado, exploração sexual, escravidão e remoção de órgãos. Em todo o mundo, 4,5 milhões de pessoas são vítimas de tráfico para exploração sexual. Destas, 76% são mulheres e 26% são crianças e adolescentes. A UNODC destaca também que o tráfico humano é uma das atividades ilícitas mais lucrativas, rendendo cerca de 32 bilhões de dólares por ano.

“Aproveitamos o ambiente lúdico para mobilizar a sociedade e informar sobre esse crime, que é tão grave quanto tráfico de drogas e armas. Temos que alertar as pessoas sobre as formas como essa exploração se dá e mostrar que se trata de uma violação de direitos”, destacou Simone Edaron, diretora de Atendimento a Grupos em Situação de Vulnerabilidade.

O Comitê de Enfrentamento do Tráfico de Pessoas tem o compromisso de desenvolver campanhas preventivas, exigindo a mobilização e conscientização da sociedade para denunciar esse tipo de crime. A Política Estadual de Enfrentamento ao Trafico Humano e o Plano Estadual priorizam ações e campanhas de combate contra essa prática em toda a região. As denúncias de crime de tráfico humano podem ser feitas pelos números 100, 180 (nacional) e 181 (estadual).

Fonte: Agência Pará de Notícias

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