terça-feira, 16 de agosto de 2016

Freira que ajuda mulheres trans é ameaçada na Argentina

“O mundo seria um lugar muito mais justo se existissem mais religiosas como a irmã Mónica Astorga, que há tempo vem sendo objeto de denúncias anônimas, críticas no Facebook e ameaças por ajudar pessoas transexuais, a quem certo setor da sociedade e da Igreja deixam situadas nas periferias existenciais”.

Fonte: http://goo.gl/iJMKI1 ( A reportagem é publicada por Religión Digital, 12-08-2016. A tradução é do Cepat).

Mónica Astorga pertence ao Mosteiro das Carmelitas Descalças de Centenario, localizado a poucos quilômetros da cidade de Neuquén, onde há 10 anos se dedica a ajudar quem a procura em busca de apoio por causa das situações de marginalização e violência.
Em conversa com Télam, o titular da Direção de Diversidade da província de Neuquén, Adrián Urrutia, explicou que “o ocorrido com a irmã Mónica fala às claras que dentro de instituições como a Igreja Católica são geradas tensões frente a determinados temas, como a diversidade sexual”.


Urrutia ressaltou que “há setores fundamentalistas minoritários que, diante do avanço cada vez mais contundente da igualdade na Argentina e no mundo, estão dando seus últimos golpes de afogados, a partir destes setores reacionários”.

“O mundo seria um lugar muito mais justo se existissem mais religiosas como a irmã Mónica Astorga, que há tempo vem sendo objeto de denúncias anônimas, críticas no Facebook e ameaças por ajudar pessoas transexuais, a quem certo setor da sociedade e da Igreja deixam situadas nas periferias existenciais”, apontou Urrutia.

Antes de fechar sua conta no Facebook, a religiosa convocou aqueles que a ameaçam a conversar pessoalmente: “Estou tranquila, sei que não é fora de lugar receber estas mulheres, reunir-me para rezar com elas, atendê-las e buscar uma saída de trabalho”.

Além disso, em declarações ao La Mañana, de Neuquén, a freira destacou que o Papa Francisco conhece a situação e que recebeu o apoio de sua comunidade.

Fonte: Ihu

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