O Papa Francisco reforçou ontem
(22) a sua preocupação com a necessidade de respeitar e promover o papel das
mulheres, na Igreja e na sociedade, alertando para as manifestações de machismo
e de discriminação que as afetam.
“Pensemos nas múltiplas formas de
machismo em que a dona era considerada como de segunda classe. Pensemos na
instrumentalização e mercantilização do corpo feminino na atual cultura
mediática”, referiu, na audiência pública semanal que decorreu na Praça de São
Pedro.
Perante milhares de pessoas,
Francisco falou numa “recente epidemia de suspeita, de ceticismo e mesmo de
hostilidade” na cultura atual, em relação a “uma aliança entre homem e mulher
que seja capaz, ao mesmo tempo, de refinar a intimidade da comunhão e proteger
a dignidade da diferença".
O Papa recordou por várias vezes
as famílias em dificuldades, inclusive na saudação aos peregrinos de língua
portuguesa.
“Rezai por todas as famílias,
especialmente aquelas que passam por dificuldades, na certeza de que as
famílias são um dom de Deus e o fundamento da vida social”, apelou.
Francisco sustentou que a
confiança de Deus na humanidade é contrariada pela “desconfiança” do “maligno”,
que leva à desobediência e ao “delírio de omnipotência”.
“O pecado gera suspeita e divisão
entre homem e mulher”, advertiu.
Numa referência à violência sobre
as mulheres, o Papa sublinhou que esta relação homem-mulher é muitas vezes
“prejudicada por mil formas de abuso e subjugação, da sedução enganosa e
prepotência humilhante às mais dramáticas e violentas”.
Nesse sentido, Francisco convidou
a um “sobressalto de simpatia” pela aliança entre os dois sexos, em favor das
“novas gerações.
“A desvalorização social da
aliança estável e geradora do homem e da mulher é certamente uma perda para
todos”, lamentou.
A este respeito, o Papa sublinhou
que a mulher não é uma “réplica” do homem e que a imagem da criação, relatada
pelo livro do Génesis, o primeiro da Bíblia, não implica “inferioridade ou
subordinação”.
“Pelo contrário, homem e mulher
são da mesma substância e são complementares, têm esta reciprocidade”,
prosseguiu.
Fonte: Rádio Vaticana
Nenhum comentário:
Postar um comentário