quarta-feira, 22 de abril de 2015

Vaticano: Papa condena machismo

O Papa Francisco reforçou ontem (22) a sua preocupação com a necessidade de respeitar e promover o papel das mulheres, na Igreja e na sociedade, alertando para as manifestações de machismo e de discriminação que as afetam.

“Pensemos nas múltiplas formas de machismo em que a dona era considerada como de segunda classe. Pensemos na instrumentalização e mercantilização do corpo feminino na atual cultura mediática”, referiu, na audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.

Perante milhares de pessoas, Francisco falou numa “recente epidemia de suspeita, de ceticismo e mesmo de hostilidade” na cultura atual, em relação a “uma aliança entre homem e mulher que seja capaz, ao mesmo tempo, de refinar a intimidade da comunhão e proteger a dignidade da diferença".


O Papa recordou por várias vezes as famílias em dificuldades, inclusive na saudação aos peregrinos de língua portuguesa.

“Rezai por todas as famílias, especialmente aquelas que passam por dificuldades, na certeza de que as famílias são um dom de Deus e o fundamento da vida social”, apelou.

Francisco sustentou que a confiança de Deus na humanidade é contrariada pela “desconfiança” do “maligno”, que leva à desobediência e ao “delírio de omnipotência”.

“O pecado gera suspeita e divisão entre homem e mulher”, advertiu.

Numa referência à violência sobre as mulheres, o Papa sublinhou que esta relação homem-mulher é muitas vezes “prejudicada por mil formas de abuso e subjugação, da sedução enganosa e prepotência humilhante às mais dramáticas e violentas”.

Nesse sentido, Francisco convidou a um “sobressalto de simpatia” pela aliança entre os dois sexos, em favor das “novas gerações.

“A desvalorização social da aliança estável e geradora do homem e da mulher é certamente uma perda para todos”, lamentou.

A este respeito, o Papa sublinhou que a mulher não é uma “réplica” do homem e que a imagem da criação, relatada pelo livro do Génesis, o primeiro da Bíblia, não implica “inferioridade ou subordinação”.

“Pelo contrário, homem e mulher são da mesma substância e são complementares, têm esta reciprocidade”, prosseguiu.


Fonte: Rádio Vaticana

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