A Polícia Civil ouviu cinco
pessoas na tarde desta terça-feira (20), dando continuidade às investigações no
caso da empresária que se prostituía, do Estado de Tocantins, morta em um
programa sexual em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
O corpo de Kesia Freitas Cardoso,
de 26 anos, foi encontrado na última sexta-feira (16), em uma lata de lixo,
enrolado apenas em um lençol, com marcas de golpes de faca na cabeça e pescoço.
O principal suspeito é um jovem de 23 anos, que trabalha em uma oficina
mecânica do Distrito Industrial, onde possivelmente aconteceu o programa.
De acordo com o delegado Matheus
Reis Possancin, à frente das investigações, foram ouvidos funcionários da
oficina e um irmão da vítima. À polícia, o parente disse apenas não saber que a
irmã fazia programas sexuais. Conforme o perfil de Késia no Facebook, ela seria
sócia em um escritório de arquitetura.
Para o delegado, outra pessoa
também pode estar envolvida no crime. A suspeita é que Késia tenha sido
assassinada por rejeitar manter relações sexuais com mais de um parceiro no
mesmo programa. Outro ponto, é a forma como o corpo foi descartado, de cabeça
para baixo, em via pública.
O advogado do principal suspeito
já procurou a polícia e disse que seu cliente vai se apresentar, sem dizer,
porém, a data.
Relembre
Segundo o boletim de ocorrência
da Polícia Militar, Kesia Freitas Cardoso foi localizada na rua Geraldo Moreira
e Silva, no Distrito Industrial. Ela estava nua, com a cabeça para baixo, perto
de entulhos e enrolada parcialmente em um lençol.
A perícia esteve no local e
constatou que a jovem foi esfaqueada na cabeça e no pescoço. Conforme populares
que costumam passar pelo local, a mulher provavelmente foi abandonada na última
sexta-feira (16).
Foi nesse dia que a Kesia, que
trabalha em Tocantins no ramo de arquitetura, foi vista pela última vez. A
vítima estava na cidade a trabalho com mais duas amigas e teria dito a elas que
teria um encontro marcado. Kesia pegou um táxi com destino ao bairro Jardim
Célia e não foi mais vista.
Como a mulher não retornou para
onde estava hospedada, uma das amigas deu uma queixa de desaparecimento no
sábado (17). Em conversa com os policiais, as duas amigas da vítima contaram
que são garotas de programa e que a vítima também era. Na sexta, uma delas
tinha marcado um programa sexual, mas não conseguiu comparecer. Sendo assim,
Kesia resolveu ir no lugar da outra jovem e saiu do hotel por volta das 14h.
Após a empresária sair para o
programa, a amiga que deveria ir ao compromisso recebeu a ligação do mesmo
homem. Ao buscar pelo número de telefone dele, a polícia descobriu que o número
era de uma oficina mecânica localizada na rua Padre Miguelinho, no bairro Nossa
Senhora das Graças.
Policiais foram ao local e
fizeram contato com o proprietário e o gerente do comércio. Conforme o boletim,
eles afirmaram que desconheciam o caso, uma vez que estavam viajando e tinham
chegado na sexta.
No entanto, os homens, que são
irmãos, contaram que as chaves do estabelecimento tinham ficado sob
responsabilidade do filho de um deles, um jovem de 23 anos.
“Não temos condições de conversar. Estamos
todos destruídos com isso tudo”, se limitou a dizer uma das amigas da jovem.
Fonte: O Tempo
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