Corpo foi encontrado dentro de um latão
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Jovem, que é de Tocantins e estava na cidade com amigas, foi
encontrada nua e com cortes no crânio e pescoço; um suspeito do crime já foi
identificado.
A jovem Kesia Freitas Cardoso, de
26 anos, encontrada morta nesta segunda-feira (19), em Uberlândia, era garota
de programa. A informação consta no Boletim de Ocorrência (BO) e foi confirmada
pelas polícias Civil e Militar após depoimentos de pessoas que conheciam a
vítima.
Segundo informações de uma amiga,
a jovem desapareceu na última sexta-feira (16), após pegar um táxi na região
central com destino ao Bairro Jardim Célia, onde tinha um encontro marcado. A
princípio, foi repassado aos policiais que esse encontro foi marcado pela
internet com um desconhecido, mas no decorrer das averiguações foi constatado
que seria com um cliente. A jovem saiu por volta das 14h e não voltou. O corpo
foi encontrado dentro de um latão, no Bairro Industrial. Ela estava nua, com a cabeça para baixo, perto de entulhos e enrolada parcialmente em um lençol.
Ela era sócia de uma
empresa em Tocantins (TO) e estava na cidade mineira desde o início da semana
passada.
A perícia esteve no local e
constatou que a jovem foi esfaqueada na cabeça e no pescoço. Conforme populares
que costumam passar pelo local, a mulher provavelmente foi abandonada na última
sexta-feira (16).
Foi nesse dia que a Kesia, que
trabalha em Tocantins no ramo de arquitetura, foi vista pela última vez. A
vítima estava na cidade a trabalho com mais duas amigas e teria dito a elas que
teria um encontro marcado. Kesia pegou um táxi com destino ao bairro Jardim
Célia e não foi mais vista.
Como a mulher não retornou para
onde estava hospedada, uma das amigas deu uma queixa de desaparecimento no
sábado (17). Em conversa com os policiais, as duas amigas da vítima contaram
que são garotas de programa e que a vítima também era. Na sexta, uma delas
tinha marcado um programa sexual, mas não conseguiu comparecer. Sendo assim,
Kesia resolveu ir no lugar da outra jovem e saiu do hotel por volta das 14h.
Jovem estava desaparecida desde sexta-feira
(Foto: Maxwell Viana Panta/Arquivo Pessoal)
Após a empresária sair para o
programa, a amiga que deveria ir ao compromisso recebeu a ligação do mesmo
homem. Ao buscar pelo número de telefone dele, a polícia descobriu que o número
era de uma oficina localizada na rua Padre Miguelinho, no bairro Nossa Senhora
das Graças.
Policiais foram ao local e
fizeram contato com o proprietário e o gerente do comércio. Conforme o boletim,
eles afirmaram que desconheciam o caso, uma vez que estavam viajando e tinham
chegado na sexta.
No entanto, os homens, que são
irmãos, contaram que as chaves do estabelecimento tinham ficado sob
responsabilidade do filho de um deles, um jovem de 23 anos.
Pai tentou contato com o filho
Ao tomar conhecimento da
história, o gerente da oficina entrou em contato com o filho e pediu que ele se
apresentasse para conversar com a polícia. Porém, o suspeito não apareceu.
Policias fizeram contato com um
outro funcionário nessa segunda-feira (19). Ele foi até o local onde o corpo
foi encontrado e confirmou que a lata de lixo em que estava a vítima era da
empresa.
Além dela, um sifão e uma vasilha
usada para alimentar os cachorros da oficina foram reconhecidas. O funcionário
afirmou que o suspeito foi a única pessoa que se ausentou da firma no dia do
crime.
O delegado responsável pelo
caso, Matheus Reis Possancin, informou,
por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, que as investigações
continuam, mas o suspeito ainda não se apresentou.
Mobilização pela internet
Assim que souberam do
desaparecimento de Kesia, amigos da vítima que moram em Tocantins fizeram uma
campanha pelas redes sociais para tentar localizar a jovem. Uma foto dela com
as informações do sumiço foi compartilhada mais de 1.500 vezes.
Após a notícia da confirmação da
morte, vários internautas lamentaram o ocorrido. Conforme funcionários do
necrotério Bom Pastor, o corpo de Kesia foi liberado para a família na manhã
desta terça por volta das 10h.
Irmãos e primos da vítima
seguiram com o corpo para Paraíso do Tocantins, a 66 km de Palmas, onde a
empresária morava. Ainda não há informações sobre o horário de sepultamento da
mulher.
A reportagem de O TEMPO fez
contato por uma rede social com uma das irmãs de Kesia, mas ela disse que
estava voltando para a cidade e não poderia conversar. Muito abalados, amigos
também se recusaram a comentar a história.
“Não temos condições de
conversar. Estamos todos destruídos com isso tudo”, se limitou a dizer uma das
amigas da jovem. Precisa mesmo falar alguma coisa?
Fonte: O Tempo
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