Atualmente as teólogas estão descobrindo que o poder do
encontro com Jesus é libertador. As suas palavras às mulheres do primeiro
século ecoam através dos tempos: “Mulher, você está livre de sua doença”.
Há uma cena poderosa nos evangelhos que mostra o quão cheio
de vida pode ser o encontro entre Jesus e as mulheres.
Jesus estava ensinando numa das sinagogas em dia de sábado.
Havia aí uma mulher que, fazia 18 anos, estava com um espírito que a tornava
doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar. Vendo-a, Jesus dirigiu-se a
ela e disse: “Mulher, você está livre da sua doença.” Jesus colocou as mãos
sobre ela, e imediatamente a mulher se endireitou e começou a louvar a Deus.
(Lc, 13,10-13).
Observemos o ambiente: um lugar sagrado onde a comunidade se
reúne em dia de sábado
Observemos também a posição de Jesus: na frente e ao centro,
a posição famosa do mestre que instrui o grupo. É um momento solene. A mulher
entra silenciosamente. Ela não é alguém importante. Por quase duas décadas
andou pelo mundo curvada, acometida por uma terrível doença, uma figura
deplorável aos olhos dos seus outros. Ao menos que faça um enorme esforço, tudo
o que ela vê é o chão. Agora ela só quer ouvir e orar.
Mas Jesus está atento: ele poderia ter dado continuidade ao
seu ensino, mas, como sabemos por outras histórias, um sentimento de compaixão
apossa-se de seu coração. Ele para no meio do caminho e lhe dá total atenção.
Perante toda a assembleia, ele a chama à frente, estende a ela sua mão, e suas
palavras poderosas junto de seu toque de cura trazem força à sua condição de
enferma. “Mulher, você está livre de sua doença”.
Imaginemos como foi a sensação de ficar em pé, de levantar a
cabeça, de olhar ao redor e ver os rostos em vez do chão. Uma nova forma de
vida se abre diante dela. E esta mulher soube a quem agradecer. Ela louva a
Deus por tê-la mostrado uma tal misericórdia através da bondade de seu profeta
e mestre, Jesus de Nazaré.
As cristãs de hoje leem esta história como uma revelação do
que a sua relação com Jesus pode ocasionar. Encurvadas por muitas forças, elas
encontram na sua compaixão poderosa um estímulo para a libertação,
capacitando-as a se colocarem de pé. Estudiosas estão descobrindo que existem
muitas cenas como esta no Novo Testamento que mostram o amor de Jesus pelas
mulheres, a sua preocupação com o bem-estar e o efeito libertador dele em suas
vidas. Ao longo dos séculos, porém, o poder destas histórias muitas vezes foi
ignorado porque os homens que, em geral, pregaram e ensinaram não consideravam
o sofrimento que as mulheres carregavam.
Os fardos
Sociedade – Consideremos estas estatísticas da ONU: as mulheres,
que formam a metade da população mundial, trabalham três quartos das horas
laborais em todo o mundo; recebem um décimo dos salários; possuem 1% das terras
do planeta; formam dois terços dos adultos analfabetos; e juntamente com seus
filhos dependentes formam três quartos das pessoas que passam fome.
Para apresentarmos um quadro desolador ainda pior, as
mulheres estão sujeitas à violência doméstica no lar e são estupradas,
prostituídas, traficadas (escravidão sexual) e assassinadas por homens em um
grau que não é recíproco. Em relação à educação, emprego e outros bens sociais,
os homens têm vantagens simplesmente por terem nascidos como tais. Preconceitos
raciais e étnicos acrescentam outra desvantagem às mulheres bem como o
privilégio de classe, que desrespeita aquelas que são pobres. Cada cultura tem uma
dinâmica diferente. Mas é sempre as mulheres que são consideradas de menor
valor.
Esta situação, chamada de “sexismo” (ou preconceito contra
as mulheres por causa de seu sexo), é galopante numa escala global. Assinalar
isto não é fazer das mulheres uma classe de vítimas, mas ressaltar as
estatísticas que deixam claras as lutas que elas enfrentam na sociedade por
causa do gênero. Em país algum do mundo as mulheres e os homens são tratados de
forma igual, condizente com a dignidade humana.
Em 1995, as Nações Unidas realizaram uma conferência sobre
mulher em Pequim. Evento histórico, este foi o primeiro encontro em que
participaram mulheres de todos os países do mundo. Na ocasião, o Papa João
Paulo II escreve uma “Carta às mulheres”, dando apoio à agenda do evento
relativa à igualdade social:
“Urge conseguir onde quer que seja a igualdade efetiva dos
direitos da pessoa e, portanto, idêntica retribuição salarial por categoria de
trabalho, tutela da mãe-trabalhadora, justa promoção na carreira, igualdade entre
cônjuges no direito de família, o reconhecimento de tudo quanto está ligado aos
direitos e aos deveres do cidadão num regime democrático. Trata-se não só de um
ato de justiça, mas também de uma necessidade”. (Carta às mulheres, Conferência
Mundial sobre a Mulher, julho de 1995, parágrafo 4.)
Esta carta foi muito bem-recebida, colocando a Igreja
Católica diretamente ao lado das mulheres na luta por justiça. O movimento para
a construção da igualdade das mulheres no direito e na cultura é, em verdade,
um movimento pela justiça social em conformidade com a doutrina social
católica. Por sua vez, baseia-se na verdade segundo a qual as mulheres, assim
como os homens, foram criadas à imagem e semelhança de Deus e que devem viver
com a dignidade condizente a todas as pessoas humanas.
No entanto, há problemas na própria Igreja que o papa não
abordou.
Igreja – O cristianismo tomou forma na cultura do Império
Romano, onde os homens de elite possuíam o poder sobre homens inferiores,
mulheres, crianças e escravos. Esta estrutura social, chamada patriarcado (o
governo do pai), é um arranjo em forma piramidal em que o poder está sempre nas
mãos de um homem – ou de grupo de homens – dominante. Na medida em que a Igreja
cresce e se estabelece, seus líderes acabaram adotando este padrão para si.
Dentro desse sistema, alguns homens podem ter bastante respeito pelas mulheres
e mesmo gostar delas. Mas elas são necessariamente colocadas em papéis
desiguais e predeterminados. Os homens ensinam e decidem; as mulheres escutam e
obedecem.
A Igreja reflete esta desigualdade em todos os seus
aspectos. Textos sagrados, símbolos religiosos, doutrinas, ensinamentos morais,
leis canônicas, rituais e autoridades governantes são todos projetados e
liderados por homens. Na maior parte das vezes, até mesmo Deus é imaginado como
um patriarca poderoso no céu governando a terra e seus povos. Por sua vez, este
patriarcado sagrado justifica o governo dos homens sobre as mulheres – na
família e na sociedade em geral.
Embora as histórias sejam diferentes, um padrão semelhante
aflige todas as religiões do mundo.
A teologia segundo as
mulheres
Tendo em vista estes fardos, atualmente as teólogas estão
descobrindo que o poder do encontro com Jesus é libertador. As suas palavras às
mulheres do primeiro século ecoam através dos tempos: “Mulher, você está livre
de sua doença”.
O fato de haver teólogas percebendo isso é um
desenvolvimento surpreendente. Por 2000 anos quase toda a teologia cristã foi
feita por homens. Depois que o Concílio Vaticano II (1952-1965) abriu o estudo
da teologia aos leigos na Igreja, muitas mulheres começaram a se instruir nesta
área. O trabalho da teologia, segundo a famosa definição de Anselmo de
Canterbury, é “a fé que busca a compreensão”. A meta deste pensamento é lançar
luz sobre o significado da fé para que ela possa ser vivida de forma mais
vibrante, com mais amor.
As mulheres trouxeram para este trabalho uma nova
perspectiva, fazendo perguntas que surgem a partir das experiências de vida – e
do sofrimento – delas. Este tipo de teologia é comumente chamado teologia
“feminista”, do latim “femina”, isto é, mulher. Esta teologia vê a fé com os
olhos das mulheres. Vê o que está errado ou faltando na forma como a fé, ou a
religião, vem sendo apresentada até então, na medida em que ignora ou
sobrecarrega as mulheres. Esta teologia vasculha a tradição em busca de
elementos libertadores poderosos que podem transformar a vida hoje.
A visão que orienta a teologia feminista é aquela que Jesus
pregou, centrada no seu frequente uso do símbolo “o Reino de Deus”. Este reino
traz uma nova forma de comunidade onde as pessoas vivem em mútuo respeito uns
pelos outros e pelas demais criaturas vivas da terra. O objetivo não é reverter
a discriminação, [não é estabelecer] uma comunidade onde as mulheres dominem os
homens; isso iria apenas dar continuidade à injustiça porém numa nova forma.
Pelo contrário, as mulheres sonham com um novo céu e uma nova terra, onde não
haja um grupo dominando e nenhum grupo sendo dominado; elas desejam que cada pessoa
seja amada e participe segundo os dons que Deus lhe deu, em relações recíprocas
genuínas. Com esta esperança, o trabalho da teologia feminista, hoje, enfatiza
uma nova apreciação do significado de Jesus Cristo para os seres humanos que
são mulheres.
Vida, morte e
ressurreição de Jesus
Os estudos das relações de Jesus durante sua vida pública
revelam a sua falta de temor às mulheres e um forte interesse no florescimento
delas. Nenhuma palavra de menosprezo ou ridicularização saiu de sua boca, nem
ele viu as mulheres como uma classe inferior de seres humanos. Tratando-as com
graça e respeito, curou, exorcizou, perdoou e restaurou-as a “shalom”, estando
atencioso com as mais necessitadas: a pequena que tinha acabado de morrer, a
viúva cujo filho tinha falecido recentemente, a viúva pobre que deu tudo o que
tinha ao templo, a adúltera prestes a ser apedrejada.
Jesus teve uma preocupação particular pelas pessoas nas
margens da sociedade, e esta preocupação se estendia por completo às
prostitutas a quem ele acolheu em sua mesa, até mesmo dizendo ao sacerdotes que
tais mulheres entrariam no Reino do Céu antes deles. (Mt:21,31). Pessoalmente,
as mulheres são contadas entre seus amigos; as irmãs Marta e Maria, por
exemplo, o abrigaram em sua casa e receberam seus ensinamentos. Resumir isto
está próximo do impossível, mas o Papa João Paulo II captou a essência:
“Que este pesar se traduza, para toda a Igreja, num
compromisso de renovada fidelidade à inspiração evangélica que, precisamente no
tema da libertação das mulheres de toda a forma de abuso e de domínio, tem uma
mensagem de perene atualidade, que brota da atitude mesma de Cristo. Ele (...)
teve para com as mulheres uma atitude de abertura, de respeito, de acolhimento,
de ternura. Honrava assim, na mulher, a dignidade que ela sempre teve no
projeto e no amor de Deus. (...) Vem-nos espontaneamente a pergunta: em que
medida a sua mensagem foi recebida e posta em prática?” (Carta às mulheres,
Conferência Mundial sobre a Mulher, julho de 1995, parágrafo 3.)
Além de suas ações, a pregação de Jesus é inclusiva para com
as mulheres. Ele nunca estabeleceu uma forma de agir para homens e outra para
mulheres. Observemos e ficaremos surpresos pelo fato de que o Sermão da
Montanha é endereçado a todos; tudo o que é certo aos homens também o é às
mulheres. De forma radical, a visão do Reino de Deus que permeia o seu ensino
supera as relações de injustiça: os últimos deverão ser os primeiros, e os
primeiros os últimos, de forma que, no final, um novo tipo de comunidade possa
se formar.
As parábolas que Jesus contou também honram as mulheres
apontando para a suas realidades humanas como símbolos dignos do Deus vivo. Nas
escrituras judaicas, Deus é dito com imagens femininas em formas comoventes e
belas – como uma mulher grávida, mãe lactante, parteira, cuidadora, ou como Senhora
Sabedoria (“Sophia”) governando o mundo com ternura e poder.
Influenciado por esta sua própria herança bíblica, Jesus
também falou via imagens femininas em sua pregação. O Reino de Deus é como o
fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que
tudo fique fermentado; eis aqui o Deus feminino que faz pão, trabalhando no
fermento da nova criação até que tudo esteja transformado. (Mt:13,33)
Talvez ainda mais surpreendente seja a parábola da mulher
que procura por sua moeda. Ela perdeu uma das suas 10 moedas de prata
(economias, seguro para quando estiver na velhice?), e então vira a casa de
cabeça para baixo até a encontrar. Em seguida, chama suas amigas e vizinhas
para se alegrar com elas, pois tinha encontrado o que havia perdido.
(Lc:15,8-10). Aqui temos uma imagem maravilhosa de Deus, o Redentor, procurando
– de cima a baixo – pelo pecador.
Esta parábola é uma de duas, sendo a outra a do bom pastor
que procura por sua ovelha perdida. Ambas revelam o amor enorme de Deus pelos
que se perdem. Embora o imaginário cristão favoreceu o pastor, a dona de casa
está lá para refletir como a vida diária das mulheres oferece imagens para se
falar de Deus. O mesmo acontece com animais fêmeas: certa vez Jesus referiu-se
a si mesmo usando o imaginário feminino, ao desejar poder reunir o povo de
Jerusalém em de seus braços como uma mãe galinha reúne seus pintinhos debaixo
das asas. (Mt:23,37).
Além de curar as mulheres de suas enfermidades, de desfrutar
de suas amizades e de falar de Deus por meio delas, Jesus as convidou para
fazerem parte de seu círculo de seguidores próximos. Elas deixaram suas
famílias e lares para se juntar a ele na estrada para a Galileia. Elas
absorveram o seu ensinamento e se juntaram a ele em refeições comunitárias
alegres –uma antecipação da vinda do Reino. Os ricos entre eles financiaram o
seu ministério, provendo de seu próprio bolso o que era necessário à
comunidade:
Depois disso, Jesus andava por cidades e povoados, pregando
e anunciando a Boa Notícia do Reino de Deus. Os Doze iam com ele, e também
algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos maus e doenças: Maria,
chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza,
alto funcionário de Herodes; Susana e várias outras mulheres, que ajudavam a
Jesus e aos discípulos com os bens que possuíam. (Lc:8,1-3).
Os nomes destas e de outras mulheres (“várias outras”, “com
ele”) são ditos inúmeras vezes nos evangelhos, mas se tornaram uma parte
esquecida da história.
O discipulado das mulheres durante o ministério de Jesus não
cessou no final de sua vida. Elas o acompanharam até Jerusalém, tornando-se o
ponto em movimento do testemunho para a paixão. Cada um dos quatro evangelhos
narra que, enquanto os discípulos correram e se esconderam quando Jesus foi
preso, as mulheres se mantiveram em vigília com ele na cruz. Na verdade, a
única pessoa nomeada em todos os quatro evangelhos como tendo permanecido junto
à cruz é Maria Madalena. Por terem sido as mulheres que ficaram, elas sabiam
onde estava a sepultura e foram as primeiras a descobri-la vazia quando foram
finalizar a unção de seu corpo no primeiro dia da semana. Aí, elas encontraram
o Cristo ressuscitado e foram incumbidas de “ir e informar” aos outros.
Maria Madalena, a quem a Igreja mais tarde chamou de “a
apóstola aos apóstolos, e as demais mulheres assim fizeram, embora os homens
não acreditassem nelas, pensando que eram apenas mulheres histéricas. Não
obstante, a Escritura mostra que, tanto em sua vida terrena quanto em sua vida
de ressuscitado, Jesus Cristo incluiu as mulheres em sua comunidade não como
subordinadas aos homens, mas como irmãs de seus irmãos e, no caso das
proclamação da ressureição, mesmo como aquelas em quem primeiramente confiou.
Através do prisma da experiência feminina, a crucificação de
Jesus constitui uma enorme crítica contra o patriarcado. Eis aqui a própria
carne transformada em Verbo (“E a palavra se fez homem” [Jo,1:14]) trazida à
morte por tortura pelo poder estatal, derramando-se no amor abnegado. Este
evento é o exato oposto do exercício do poder dominador masculino. À luz da
cruz, teólogas feministas refletem que, sociologicamente, seria melhor que a
encarnação tivesse ocorrido num ser humano masculino.
Pois, se uma mulher tivesse pregado a compaixão e tivesse
doado a si mesma até morte, o mundo teria se perguntado: Afinal, não será isso
o que as mulheres devem fazer? Mas para um homem viver e morrer assim num mundo
de privilégios masculinos é desafiar o ideal patriarcal da dominação masculina
em sua raiz. A cruz é a “kenosis”, o autoesvaziamento, do patriarcado.
Na ressurreição, o Espírito de Deus preenche Jesus com vida
nova para além da morte. Presente de uma forma nova, Jesus Cristo se torna a
pedra angular da nova comunidade que é o seu corpo, a Igreja. Em Pentecostes,
as mulheres bem como os homens estão no andar de cima quando línguas de fogo
sinalizam o derramamento do Espírito: “Todos ficaram repletos do Espírito Santo
e começaram a falar em outras línguas.” (At,2:4). Os primeiros cristãos
adotaram o rito de iniciação do batismo.
Diferentemente o ritual judeu da circuncisão, desenvolvido
apenas com os homens, o batismo é administrado pela imersão em água, e assim é
feito da mesma forma com pessoas de ambos os gêneros. A carta de Paulo aos
Gálatas contém um hino batismal cristão primitivo que mostra o que significa
esta prática. Assim que o recém-batizado é retirado da água, trajando vestes
brancas, cantam: “Não há mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e
homem livre, entre homem e mulher, pois todos vocês são um só em Jesus Cristo.”
(Gl,2:4) Na unicidade do Espírito santificador, transcendem-se todas as divisões
baseadas na raça ou classe, ou mesmo no gênero. O poder do Cristo ressuscitado
se torna efetivo ao ponto em que esta visão se torna realidade na comunidade.
Nas primeiras décadas da Igreja há uma grande evidência para
com um forte ministério das mulheres divulgando o Evangelho assim como seus
colegas homens. A partir dos Atos dos Apóstolos e das cartas de Paulo, temos
uma imagem das mulheres como missionárias, pregadoras, mestres, profetas,
apóstolas, curadoras, que falam em línguas e líderes das comunidades. Elas são
colegas de trabalho de Paulo e de outros homens, com todos os dons do carisma
que se deu para a edificação da Igreja. Hoje, estudiosos estão tentando listar
quais forças trouxeram este ministério das mulheres nos primórdios da Igreja para
um estado diminuto. Mas não há dúvida de que Febe, Prisca, Júnia, Pérside e
muitas outras pregaram o evangelho nos primeiros dias da Igreja. (Ver as cartas
de Paulo aos Romanos, capítulo 16).
Conclusão
A teologia nas mãos das mulheres descobriu Jesus Cristo como
um amigo compassivo, libertador dos fardos, um amigo que consola na tristeza e
um aliado nas lutas das mulheres. Por meio de sua vida e de seu Espírito, ele
traz salvação – dando-lhes de volta a plena dignidade pessoal diante de Deus. A
benção que elas encontram em sua relação com Jesus não é apenas uma benção
particular e espiritual, embora seja isso também.
Esta benção igualmente influencia suas vidas nos domínios
públicos e sociais, inspirando a luta por libertação das estruturas de
dominação em todas as dimensões da vida. Em nome de Cristo, a sociedade e a
Igreja são chamadas à conversão dos corações, das mentes e estruturas, de forma
que o Reino de Deus possa se afirmar neste mundo. Eis aí uma visão de mundo
desafiadora. Porém, as palavras libertadoras já foram ditas: “Mulher, você está
livre de sua doença”.
Ponham-se de pé, dêem graças a Deus e sigam com a obra de
curar o mundo.
Elizabeth A. Johnson, religiosa da Congregação das Irmãs de
São José, é professora de teologia na Universidade de Fordham, em Nova York.
Ela irá receber o Prêmio Liderança de Destaque da LCWR (LCWR Outstanding
Leadership Award) na assembleia anual da organização, a ocorrer Nashville,
Tennessee, em agosto.
Fonte: Ihu
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