Minas Gerais ganha um
novo instrumento para combate à violência doméstica e familiar. A passada segunda-feira (5), 11 instituições assinaram uma
resolução conjunta que cria a Comissão Interinstitucional de Enfrentamento à
Violência Contra a Mulher. O grupo irá sistematizar discussões e proposição de
medidas que previnam e reprimam a violência de gênero no Estado.
A comissão é formada pela Secretaria de Estado de Defesa
Social (Seds), Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Social (Sedese), Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego
(Sete), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Secretaria de Estado de Educação
(SEE), Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Assembleia
Legislativa. “A proposta é fazer aquilo que é mais simples, que é dialogar.
Propomos a articulação de todos os órgãos para tentar reverter o cenário perverso
que é o do machismo”, explica a coordenadora de Políticas para Mulheres da
Sedese, Eliana Piola.
Dados
Um grupo formado a partir da comissão e coordenado pela
delegada Kelly de Fátima Fonseca realizou um estudo dos dados de violência doméstica
e familiar contra a mulher na Região Metropolitana de Belo Horizonte no
primeiro semestre de 2012. Os crimes utilizados no diagnóstico são aqueles
previstos na Lei Maria da Penha: violências física, psicológica, sexual,
patrimonial e moral.
No primeiro semestre, houve, na Região Metropolitana, 3.329
casos de violência física contra mulheres, 3.364 casos de violência
psicológica, 71 de violência sexual, 286 de violência patrimonial e 89 de
violência moral. “A chance de uma mulher sofrer violência física no ambiente
doméstico e familiar é muito superior à dos homens”, avalia o secretário
Denilson Feitoza.
Em 34% dos casos de violência, o relacionamento entre a
vítima e o agressor era de cônjuge e companheiro. Em 25% de ex-cônjuge e
companheiro. Casos de violência entre irmãos foram responsáveis por 9% do
total, enquanto aqueles entre filhos e enteados ficaram com 8%. Em 7% dos casos
a violência foi cometida por namorados e em 6% por pais ou responsáveis legais.
Por fim, outros parentescos e outros relacionamentos foram responsáveis por 8%
e 3% dos casos, respectivamente
Fonte: agência minas
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