sexta-feira, 2 de março de 2012

MMM denuncia crise mundial e reafirma luta por construção de um mundo em liberdade

A uma semana do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) publicou uma declaração em nome de todas as suas participantes e das organizações feministas vinculadas. No documento, elas asseguram suas convicções, denunciam problemas mundiais e reafirmam sua luta pela construção de um mundo melhor para todos e todas. A declaração rememora a crise ‘capitalista, racista e patriarcal’ que está sendo vivida no mundo inteiro e que obriga toda a população a pagar por problemas que foram criados por Governos e instituições financeiras.

Cortes de orçamento para os serviços sociais, diminuição dos salários e pensões e estímulo à mercantilização de todas as esferas da vida são apenas alguns dos problemas enfrentados.
A Marcha Mundial aponta que as mulheres não são as únicas afetadas pelas chamadas ‘medidas de austeridade’, mas são as primeiras. "Nós, as mulheres, pagamos o preço mais alto: somos as primeiras que seremos despedidas e que, além das tarefas domésticas mais habituais, somos obrigadas a assumir as funções antes cobertas pelos serviços sociais. Tais medidas carregam o peso da ideologia patriarcal, capitalista e racista e são expressão de políticas de incentivo para que voltemos para casa, que estimulam também o avanço da prostituição e a venda das mulheres, o aumento da violência contra nós, o tráfico e as migrações”, criticam.
As feministas asseguram solidariedade às mulheres em luta na Europa, continente que está enfrentando séria crise financeira. Em especial, intercedem pela situação das mulheres da Grécia, Portugal, Galícia, Estado Espanhol, Itália e Macedônia, que estão se organizando para resistir à ofensiva neoliberal. A MMM também presta solidariedade às mulheres do sul, que enfrentam diariamente a fome, a pobreza, a escravidão laboral e a violência, "mas que seguem construindo sua resistência”.
Cientes de que vários territórios estão em guerra e sob controle militar, a Marcha Mundial declara estar do lado das mulheres e dos povos em resistência de todos os territórios que lutam para proteger suas terras, seu corpo e para sobreviver às explorações impostas pelos exércitos legais e ilegais, estatais e privados.
As feministas também denunciam as manobras dos meios de comunicação globalizados que insistem em reafirmar dogmas e valores conservadores e que ofuscam e colocam em risco os avanços e conquistas das mulheres.
"Frente a estas situações, estamos nas ruas, temos alternativas e as estamos vivendo. Reiteramos que seguiremos fortalecendo-nos desde nossos corpos e territórios em resistência e defesa dos mesmos, aprofundando nossos sonhos de transformações estruturais em nossas vidas e marchando até que sejamos livres”, encerram, convidando as articulações e movimento da MMM a se aliarem a outros movimentos a fim de fortalecer a luta e construir um mundo em liberdade.
 Campanha de difusão sobre Dia da Mulher
Pelo oitavo ano, a Rede Internacional de Mulheres, da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc-RIM), realizará a campanha mundial anual de difusão sobre o Dia internacional da Mulher. A temática será O empoderamento das mulheres e a luta contra a mudança climática e pela democratização das sociedades.
No ano em que ocorre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Amarc escolhe o tema por acreditar que as mulheres podem e devem assumir a liderança na luta contra as mudanças climáticas e em favor do desenvolvimento sustentável e pela democratização das sociedades.
Os interessados em enviar seus programas podem fazê-lo até domingo, quatro de março, respeitando o tema proposto. O envio deve ser feito por meio da página https://www.wetransfer.com. A partir de 1h do dia oito os programas enviados começarão a ser veiculados no link http://8demarzo.amarc.org.
Amarc - RIM convida todas as estações de rádio comunitárias a descarregar os programas em sua página e difundi-los no dia 8 de março.

Fonte: adital

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