segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A Pastoral da Mulher presente no lançamento da Campanha da Fraternidade 2012 em BH

 
Campanha da fraternidade tem como tema este ano  “Fraternidade e saúde pública”. Em cerimônia com a presença de centenas de católicos e autoridades, arquidiocese de BH lançou a passada sexta feira (24) movimento que pretende apontar soluções para melhorar assistência à população.


O evento, presidido pelo arcebispo metropolitano, dom Walmor Azevedo, reuniu nessa sexta-feira no ginásio do Chevrolet Hall, no Bairro São Pedro, representantes dos 28 municípios, integrantes de pastorais sócias e paroquias que atuam no âmbito da saúde, centenas de pessoas e religiosos, além de autoridades da área de saúde.
O lançamento da campanha teve um show de abertura com a banda católica Dominus, depois foi seguida por um momento de espiritualidade. Dom Walmor de Oliveira, arcebispo metropolitano, passou uma mensagem de paz. Por último, grupos de teatros apresentaram peças educativas como a prevenção da dengue. Também participaram do evento o diretor regional adjunto do Sesc Minas, Luciano de Assis Fagundes, e a diretora regional adjunta do Senac Minas, Marilena Siqueira Delgado.
Durante o lançamento, em Belo Horizonte, da CF 2012, o assessor político da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Geraldo Martins Dias, cobrou mais recursos para a saúde, que Segundo ele, a secretaria-geral da CNBB lamenta o corte de R$ 5,4 bilhões para a saúde, anunciado pelo governo federal. “A igreja defende, portanto, que de fato a saúde seja prioridade. Sem recursos, não é possível. O nosso país ainda tem uma deficiência. Enquanto nos países ricos 70% do se gasta com saúde pública vêm do governo e 30% das famílias, no Brasil dos R$ 270 bilhões gastos em 2007 o governo entrou com 47% e as famílias com 53%. É preciso reverter isso”, disse Geraldo Martins.
Para o padre Geraldo Martins, ainda há muitas filas, falta de médicos, sobretudo no interior e a população pobre é desassistida. “Todas essas questões vêm à tona nesta campanha. Há uma preocupação muito grande com a mortalidade infantil”, disse. Segundo ele, o número de idosos no país chega a 21 milhões e isso também é preocupante, porque eles não têm acesso à saúde. Ele também defende a humanização do atendimento.
A campanha tem como lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”. De acordo com o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom Joaquim Mol, é preciso uma mobilização de todas as pessoas com o coração e a mente voltados para Deus, para que possam colaborar e participar da campanha e melhorar a saúde pública no país.
Ele lembrou a CNBB está muito próxima de movimentos sociais do Brasil, que estão se mobilizando para que a União se comprometa a colocar no orçamento 10% dos recursos em favor da saúde pública, já que o percentual já está definido tanto para o estado, de 12%, como para os municípios, de 15%. “A pretensão do governo federal é de que ele mantenha no ano seguinte o percentual que gastou com a saúde no ano anterior mais a diferença do crescimento do PIB. Estamos começando a fazer uma mobilização para que de fato sejam garantidos os 10% de recursos da União em favor da saúde pública”, disse dom Joaquim Mol.

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