O Brasil – como a América Latina
em geral – tem estado ausente de muitas discussões e ações globais em torno do
casamento na infância e na adolescência, que em grande parte se concentram em
zonas críticas como a África Sub-saariana e o Sul da Ásia. Os dados disponíveis
na América Latina e no Caribe, no entanto, mostram que os níveis de prevalência
de casamento na infância e na adolescência são mais elevados na República
Dominicana, Nicarágua e Brasil e que os números absolutos são mais elevados no
Brasil.
Por Alice Taylor, Giovanna Lauro,
Marcio Segundo, Margaret Greene, do Promundo
Este estudo, o primeiro de seu
tipo no Brasil, explora as atitudes e práticas em torno do casamento na
infância e na adolescência no Pará e no Maranhão, os dois estados brasileiros
com maior prevalência da prática. Os resultados confirmam a natureza
principalmente informal e consensual das uniões envolvendo meninas com menos de
18 anos nos contextos estudados. A análise destaca as formas em que um
casamento na infância ou na adolescência pode criar ou exacerbar fatores de
risco (isto é, relacionados a saúde, educação e segurança), enquanto muitas
vezes é percebido por meninas ou membros da família como possibilidades de
estabilidade em contextos de insegurança econômica e oportunidades limitadas.
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